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Mega PAC vai investir R$ 133 bi em infra-estrutura

Antes que acusem o governo de privatizar, leia o texto e descubra a diferença entre privatização e concessão.

3 comentários
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R$ 133 BI É UM MEGA-PAC EM INFRA. XÔ, URUBÓLOGOS

Por Paulo Henrique Amorim, no Conversa Afiada.

Esse conjunto de obras é o maior programa de investimentos em infraestrutura da História do país.

O Ministro Paulo Sérgio Passos, dos Transportes, expôs um plano de investimentos em estradas e ferrovias de R$ 133 bilhões – R$ 80 bilhões em 5 anos, e R$ 53 bi até 25 anos.

Nos primeiros cinco anos, serão aplicados R$ 42 bi em 7,5 mil/km em estradas; e R$ 56 bi em 10 mil/km em ferrovias, também nos próximos 5 anos.

Como disse Passos, até hoje, o Governo Federal construiu 5,2 mil/km de rodovias.

O Mega-PAC é uma resposta radical a duas décadas de estagnação em investimentos em infra-estutura, cuja ápice foram os anos cinzentos de Cerra e FHC (Cerra era o Ministro do Planejamento (?)).

O que distingue os programas de concessão trabalhista da Privataria Tucana ?

Vencerá a concorrência para fazer uma rodovia a empresa que oferecer a menor tarifa, sem ágio.

Não será permitido cobrar tarifa em área urbana.

E o pedágio só poderá ser cobrado quando 10% das obras forem concluídas.

No caso das ferrovias, a Valec comprará a capacidade de carga e a oferecerá em oferta pública a quem operar respeitar a perspectiva da “redução tarifária”.

Reduz o risco do empresário.

E garante, como disse a Presidenta na solenidade, “menor custo, sem monopólio”.

Para projetar os futuros empreendimentos e articular a política de infra-estrutura, a empresa que vai construir o trem-bala foi transformada em EPL – Empresa de Planejamento e Logística.

Esse conjunto de obras é o maior programa de investimentos em infraestrutura da História do país.

Chama o empresário privado para participar de concessões (à moda trabalhista) nas rodovias e de PPPs na ferrovias.

Como disse a Presidenta, vai “encurtar distâncias”.

Encurtar distâncias geográficas, econômicas – e sociais.

Vai trazer o fundão do Brasil para o centro.

E terá, portanto, consequências políticas.

Vai encurtar a vida dos remanescentes do neolibelismo (*), porque, aqui, o negócio é o Estado como indutor do investimento.

Xô, Urubólogos!

Em tempo: extraído do Blog do Dirceu:

PLANO NÃO TEM NADA A VER COM PRIVATIZAÇÃO NEM COM PRIVATARIA

Agora, preparemo-nos para as costumeiras manipulações da oposição, que virá aí com sua velha cantilena de sempre de que os governos do PT criticam, mas fazem as mesmas privatizações feitas nos governos deles naqueles oito anos de FHC (1995-2002).

Percebem que o jogo, a manipulação e o estabelecimento da confusão é interessante para eles? Porque se envergonham e de quatro em quatro anos, a cada campanha presidencial, sequer assumem que privatizaram e tremem de medo de tratar do assunto…

Mas, as concessões lançadas hoje e as feitas nos dois governos Lula (2003-2010) não tem nada a ver com privatização e muito menos privataria, com aquela promovida pelos governos do PSDB. Até porque, dentre várias outras, há uma diferença fundamental.

Estas concessões dos governos do PT não vendem patrimônio. Ao contrário da privatização dos tucanos, pela qual entregavam o patrimônio nacional na bacia das almas, as concessões de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e demais do PT não são venda, são concessões – insisto – ao término das quais (25 ou 30 anos) são renovadas ou o patrimônio volta à União.

(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Filipe Rodrigues

16/08/2012 - 12h49

Por acaso essas ferrovias vão transportar passageiros, oferendo aos brasileiros uma alternativa as nossas rodovias perigosas e os aeroportos lotados?

No país mais capitalista da Terra (Estados Unidos), as ferrovias são estatais (AMTRAK) e transportam tanto mercadorias quanto passageiros: http://pt.wikipedia.org/wiki/Amtrak

O PT pode sair queimado ao defender o indefensável, dinheiro para construir ferrovias públicas não falta no Brasil, basta o BNDES para de emprestar para multinacionais que levam dinheiro para fora do país.

    admin

    16/08/2012 - 14h48

    Filipe, ferrovias são estatais nos eua e na europa, porque foram construídas há décadas, e aqueles países tem muito mais dinheiro que o Brasil, e mais tecnologia e know how. Seria ótimo ter estatais aqui também, mas não temos know how, mão de obra nem recursos para tanto.

Elson

16/08/2012 - 05h15

Dona Dilma está dando um banho de administração em muito governante neoliberal!


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