Agora o bicho pega! Documento “falso” era verdadeiro!

Toda a grita tucana contra um suposto documento falso, ou que teria sido adulterado, foi por água abaixo. O autor da carta confirmou tudo à Polícia Federal. Na verdade, o documento nunca foi adulterado, nem nunca foi acrescentado nada à uma versão traduzida, conforme acusavam tucanos, com chancela da mídia. Eram dois documentos diferentes. Um em português, outro em inglês. E agora, de qualquer forma, o autor da carta em português deu uma declaração definitiva às autoridades, acusando ex-secretários de Alckmin como beneficiários de propinas da Siemens.

Agora o bicho vai pegar!

Abaixo, matéria do Fernando Brito sobre o tema.

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Documento “falso” era verdadeiro: ex-Siemens confirma denúncia sobre tucanos paulistas

Por Fernando Brito, no Tijolaço.

Se os tucanos ainda tivessem um mínimo de capacidade de corar diante dos fatos estariam agora, como dizia a minha avó, com cara de tacho.

Depois de terem acusado o PT e o Ministério da Justiça de falsificarem um documento com denúncias apontando parlamentares e ex-secretários do governo Alckmin como beneficiários de propinas da Siemens, agora têm de ler que o denunciante, um ex-dirigente da multinacional alemã, confirmou tudo em depoimento à Polícia Federal.

O ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer confirmou todo o teor do documento que lhe era atribuído e as acusações a Edson Aparecido (PSDB) e Rodrigo Garcia (DEM),deputados tucanos licenciados e secretários de  Alckmin, o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) e o deputado estadual Campos Machado (PTB).

Mais adiante, a matéria da Folha cita, nas mesmas condições, o nome do senador serrista Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), o do deputado federal José Anibal (PSDB-SP) e o de Jurandir Fernandes, secretário de Transportes Metropolitanos de Alckim entre 2001 e 2006 , agora, outra vez no cargo.

Mas, como tudo isso era sabido, a notícia é… a Folha ter publicado.

O Estadão, que continua léguas à frente, já está no próximo desdobramento do caso: o depoimento do doleiro que recebia dinheiro vivo, na sede da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, do diretor da empresa estatal João Zaniboni. Meio milhão de dólares, quase, que lhe valeram uma condenação na Suíça.

Se a gaveta do Supremo não for emperrada como as do procurador Rodrigo de Grandis, virão fortes emoções pela frente…

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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