Fim do mundo adiado: inflação desacelera


 

Aos poucos, as coisas vão entrando nos eixos.

A economia brasileira, como sempre, sobrevive ao terrorismo midiático.

Abaixo, duas notícias publicadas há pouco, sobre a desaceleração da inflação na última semana de abril.

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Inflação semanal cai para 0,61% no fechamento de abril

Nielmar de Oliveira – Repórter da Agência Brasil
Edição: Denise Griesinger

A queda de 0,10 ponto percentual no Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) na semana encerrada em 30 de abril, comparada à semana encerrada no último dia 22 (de 0,71% para 0,61%), reflete a retração de preços em quatro das sete capitais pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Segundo dados divulgados hoje (4), as quatro capitais onde ocorreram retrações de preços na última semana de abril foram: Porto Alegre, a menor inflação do país medida pelo IPC-S e onde a taxa caiu de 0,65% para 0,30%; Rio de Janeiro, com a segunda maior variação do país, e IPC-S recuando de 0,88% para 0,78%; em Brasília, a inflação semanal apurada passou de 0,79% para 0,56%; e em São Paulo, o índice também caiu para 0,56%, após ter registrado 0,72% em 22 de abril.

Salvador registrou a maior variação do país. Na capital baiana, os preços subiram 0,22 ponto percentual, passando de 0,71% para 0,93% de uma semana para outra. Também com variação positiva, Recife registrou elevação de 0,65%, contra 0,54% da semana imediatamente anterior. Em Belo Horizonte a taxa passou de 0,51% para 0,58%.

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Habitação influencia queda do IPC-S na última semana de abril

Por Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar
04/05/2015 10h09

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) encerrou abril com redução atingindo variação de 0,61%, representando 0,10 ponto percentual abaixo do registrado na última pesquisa do mês (0,71%). Desde o começo do ano, a taxa acumulada foi 4,79% e, em 12 meses, 8,41%.

A apuração feita pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) refere-se à coleta de preços relativa ao período de 1º a 30 de abril comparado aos verificados de 1º a 31 de março.

Três dos oito grupos pesquisados apresentaram decréscimos com destaque para habitação que passou de 1,21% para 0,57%. Nesta classe de despesa houve a influência, principalmente, da acomodação de preço da tarifa de energia elétrica (de 4,61% para 0,59%).

No grupo educação, leitura e recreação, o índice atingiu 0,14%, metade do registrado na última pesquisa. Essa queda reflete, principalmente, os ingressos para shows musicais (de 3% para -2,05%). E, em alimentação, os preços foram corrigidos em média 0,86%, com variação de 0,08 ponto percentual abaixo da terceira prévia de abril (0,94%). Entre os itens alimentícios que mais contribuíram para esse resultado estão as frutas (de 3,22% para 0,96%).

Nos demais grupos, ocorreram avanços e o maior deles foi verificado no setor saúde e cuidados pessoais que passou de 0,97% para 1,37%. Entre os principais motivos está o aumento de preços dos medicamentos (de 2,03% para 3,49%). No grupo vestuário, os reajustes foram intensificados passando de 0,28% para 0,76%.

Em transportes, a taxa subiu de 0,03% para 0,05% sob influência da tarifa de ônibus urbano (de 0,13% para 0,27%). No grupo despesas diversas, o índice aumentou de 0,52% para 0,61% e em comunicação, de 0,01% para 0,07%.

Os cinco itens que mais pressionaram o orçamento das famílias foram: refeições fora de casa (0,98%); tomate (19,39%); leite do tipo longa vida (5,4%); aluguel residencial (0,74%) e seguro saúde (0,69%).

No mês, os itens que mais contribuíram para reduzir o ritmo inflacionário foram: batata-inglesa (-12,38%); gasolina (-0,75%); massas preparadas e congeladas (-4,33%); tangerina (mexerica) (-9,04%) e show musical (-2,05%).

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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