Prisão de Dirceu serve como cortina de fumaça para esconder atentado contra Instituto Lula

Marcio Sotelo: Prisão de Dirceu pode ter sido para encobrir atentado ao Instituto Lula e promover ato contra Dilma

Por Lúcia Rodrigues para o site Caros Amigos

A prisão do ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, detido pela Polícia Federal na manhã desta segunda, 3, em Brasília, na 17° fase da operação Lava Jato, batizada de Pixuleco, não se justifica, segundo o ex-procurador de Estado, Márcio Sotelo Felippe.

“É um ato arbitrário e injustificável. Não há necessidade de prisão. Ele cumpre pena no regime semiaberto. Tem endereço certo. Não há nenhuma justificativa para essa prisão, a não ser para promover o espetáculo de um estado policialesco, que criminaliza a política”, frisa.

O jurista não descarta a hipótese de que a medida tenha sido posta em prática para desviar a atenção do atentado à bomba contra o Instituto Lula e ajudar na mobilização da manifestação convocada pela oposição contra a presidente Dilma, marcada para o próximo dia 16. “São especulações razoáveis.”

A decisão com a ordem para a prisão de Dirceu foi assinada eletronicamente pelo juiz Sérgio Moro às 11h38 da segunda-feira passada, 27, há exatamente uma semana.

No despacho, além da prisão do ex-ministro, Moro salienta outras medidas relacionadas a ele e a associados, como buscas e apreensões.

Na operação, a Polícia Federal também prendeu o irmão de Dirceu, Luiz Eduardo Oliveira e Silva, e seu ex-assessor, Roberto Marques, o Bob.

A ordem de prisão também determinou o bloqueio dos ativos mantidos em conta e investimentos bancários dos três acusados, além da empresa de Dirceu. Outros três acusados e a TGS Consultoria e Assessoria em Administração também foram atingidos por essa determinação.

Dirceu é acusado de ter recebido propinas que teriam sido disfarçadas na forma de consultorias prestadas por sua empresa de assessoria JD. A empresa já está desativada.

Os presos deverão ser conduzidos para Curitiba, onde corre o processo da Lava Jato.

Liana Carvalho:
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