Pré-sal alcança seu primeiro milhão de barris/dia

Nenhum jornalão deu a notícia com destaque.

Afinal, é notícia sem importância, né?

E se dermos muita atenção à ela, é capaz do povo brasileiro voltar a respeitar o trabalho da Petrobrás, e isso é uma coisa que não pode acontecer.

O povo tem de odiar a Petrobrás.

Tem de achá-la um covil de ladrões, de incompetentes, e que o melhor a fazer é entregá-la, de graça, aos americanos, estes sim, inteligentes, honestos e competentes.

O golpe contra o pré-sal, já falei em outros posts, é a luta do século.

Por isso eles agem com tanto desespero para derrubar Dilma.

Querem se aproveitar do momento, usar as conspirações judiciais, para comprar barato nossas reservas e controlar as atividades relacionadas à bilionária indústria do petróleo.

Querem controlar o próprio ritmo da produção nacional de petróleo.

Se fizeram tantas guerras para isso, se torraram trilhões de dólares, porque permaneceriam parados diante da riqueza do Brasil?

A falta de visão do nosso próprio empresariado, faz com que ele não entenda que, sem o controle estatal sobre nosso petróleo, o Brasil perderia um instrumento geopolítico fundamental para fechar grandes acordos comerciais com o resto do mundo.

Quanto à nossa mídia, já sabemos que ela é um braço político do interesse imperialista e não possui uma gota de compromisso com nossa soberania.

A notícia sobre o primeiro milhão do pré-sal, porém, deveria ser a manchete em todos os jornalões, porque é o sinal que precisávamos para mostrar ao mundo que a nossa economia tem fundamentos sólidos e já caminha para um processo de retomada do crescimento.

***

Um milhão de barris por dia. O pré-sal já chegou lá, apesar dos urubus

Por Fernando Brito, no Tijolaço.

POR FERNANDO BRITO · 02/09/2015

Não tem manchete para registrar.

Muito pouca gente escreveu que estava para acontecer, apesar de estar diante dos olhos de todos, como mostrou este Tijolaço há um mês.

Mas assim, quase em silêncio e com muito trabalho e capacidade técnica, a Petrobras chegou à marca de um milhão de barris de petróleo e gás na camada pré-sal do nosso leito marinho, nas contas fechadas para o mês de julho.

Exatos 1,0041 milhão de barris na medição do “óleo equivalente” – que considera a capacidade energética do gás natural que vem associado ao petróleo.

Foram 812,1 mil barris diários, em média, de petróleo e 30,5 milhões de m³ de gás.

Em julho do ano passado eram 480,8 mil barris/dia de petróleo e 16,2 milhões de metros cúbicos de gás natural, equivalentes, no total, a 582 mil barris diários.

69% a mais de petróleo; 88% a mais de gás natural e, na soma dos dois, um crescimento de 72,3% em apenas um ano.

E isso não tem óleo nem de Libra, nem de Beija-Flor (antes chamado de Franco)os dois mega campos em desenvolvimento.

Não existe, em todo o mundo, nenhuma área de extração de petróleo em que a produção cresça nestes volumes e nestas taxas.

É disso que vamos “aliviar” a Petrobras?

São estes os investimentos que devemos cortar para melhorar o “fluxo de caixa”?

Até mesmo o endividamento da empresa – necessário para o volume de investimento exigido na epopéia do pré-sal – tem de ser considerado levando em conta a perspectiva de gigantescas quantidades de óleo que o pré-sal, do dia, vem provando que possui.
É preciso ser muito tolo para dizer que “há dúvidas sobre a viabilidade do pré-sal”.

Tolo ou traidor de sua pátria e de seu povo.

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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