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O impeachment é aposta do Brasil improdutivo, por Luís Nassif

Aposta no impeachment quem se beneficia diretamente dele e não faz parte do país produtivo, afetado por crises econômicas por Luís Nassif, no GGN Está na hora de dar um intervalo no golpismo, um arrefecimento nessa disputa ideológica anacrônica e se começar a pensar seriamente no próximo tempo do jogo. A insistência no impeachment, por […]

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Brasília- DF- Brasil- 17/03/2015- Reunião de líderes da oposição no Senado e na Câmara. Na foto, os deputados Carlos Sampaio e Roberto Freire e o senador Aécio Neves. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Aposta no impeachment quem se beneficia diretamente dele e não faz parte do país produtivo, afetado por crises econômicas

por Luís Nassif, no GGN

Está na hora de dar um intervalo no golpismo, um arrefecimento nessa disputa ideológica anacrônica e se começar a pensar seriamente no próximo tempo do jogo.

A insistência no impeachment, por parte de Gilmar Mendes e de setores do PSDB já ultrapassou os limites de qualquer razoabilidade. A intervenção do STF (Supremo Tribunal Federal) e as manifestações gerais de condenação ao impeachment, o racha no PMDB, o desmonte da imagem de Michel Temer, comprovam que o impeachment é o caminho mais traumático para o país.

A insistência na tese parte de um tipo específico de pessoa: 1) a que vai obter ganhos pessoais e políticos com o grupo que ascender e que 2) faz parte do país improdutivo, não afetado por crises econômicas.

Integra esse grupo de privilegiados-a-salvo-de-crises inclusive o presidente da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) Paulo Skaf cuja fonte de receita são aluguéis e a pilotagem da FIESP. Verdadeiros industriais, como os representados pela ABIMAQ (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos) e IEDI (Instituto de Estudos de Desenvolvimento da Indústria) defendem a estabilização rápida do jogo político para permitir à economia respirar.

***

A disputa para enquadrar o novo Ministro da Fazenda Nelson Barbosa na esquerda ou na nova matriz econômica (como se os erros do período Guido Mantega fossem fruto de qualquer matriz) é ridícula.

Com Joaquim Levy ou Nelson Barbosa, o trabalho é o mesmo, de reduzir na medida do possível os gastos de custeio, aprovar a CPMF e dar sequencias às propostas de reforma fiscal. Não é 0,2 ponto percentual a mais ou a menos no superávit primário que define a ideologia de um ou outro.

***

Nesses momentos de mudanças, o mercado age sempre com comportamento de manada. Não significa que a sabedoria esteja com a tendência majoritária. Pelo contrário, os verdadeiros campeões são os que sabem jogar no contra fluxo.

Quem sabe das coisas conhece o pensamento de Nelson Barbosa. Sabe que ele foi o principal comandante das medidas anticíclicas de 2008 – que impediram que o país afundasse com a crise global – e não teve participação nos desastres dos dois últimos anos do governo Dilma. Sabe que tem um pensamento articulado e pouco propenso a aventuras.

Nos primeiros momentos, no entanto, a visão dominante era a de um aloprado fiscal no comando da Fazenda. A Bolsa cai, o dólar sobe e os profissionais realizam lucro.

Depois, haverá um momento de calmaria com o dólar refluindo.

***

As análises iniciais do mercado e de jornalistas financeiros sobre os desafios de Nelson Barbosa são típicas de quem não consegue ir além dos limites da planilha. São críticas sem nenhum realismo.

Uma estratégia bem-sucedida precisa ser consistente do ponto de vista macroeconômico, e factível, do ponto de vista político e social.

Por exemplo:

1.     Se o maior fator de desequilíbrio é a queda de receitas, que ameaça inviabilizar União e estados, é evidente que estanca-la é prioridade número 1.

2.     É evidente que não há o menos espaço para aventuras fiscais e nem a menor possibilidade de sair do embrulho fiscal sem uma CPMF.

3.     Propostas de fim das transferências constitucionais são inviáveis politicamente, selvagens e política e juridicamente inviáveis, no atual estágio de desenvolvimento nacional. A não ser que as Forças Armadas concordem em voltar ao poder.

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Comentários

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Messias Franca de Macedo

25/12/2015 - 01h38

Os taradinhos do golpe e os vagabundos que insultaram o gênio Chico Buarque de Hollanda são também racistas!…

#################################

O racismo em voo da TAM

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

https://www.youtube.com/watch?v=acx5t1rDhBI

FONTE [LÍMPIDA!]: http://altamiroborges.blogspot.com.br/2015/12/o-racismo-em-voo-da-tam.html

Gf Andrezão

23/12/2015 - 02h50

Diego

22/12/2015 - 19h19

SÓ PRA RELEMBRAR: ZELOTES R$ 565 BILHÕES

COMO RASTREAR ESSES LADRÕES? CPMF!
Provavelmente no caso, não havia CPMF quando praticaram o crime da remessa clandestina p/ o exterior desses valores. Poderão ser rastreados no retorno com uma nova CPMF, ie. se os responsáveis fizerem o retorno desses valores. Em todo caso, esses valores são ilegais por cometerem crime contra a Receita Federal e deverão ser repatriados.

http://democraciapolitica.blogspot.com.br/2015/09/os-misterios-da-operacao-zelotes.html
http://democraciapolitica.blogspot.com.br/2015/10/brasil-foi-roubado-em-um-trilhao-de.html

Sonegadores criam boneco gigante, esperando que este os salvem da CPMF que vai rastrear remessas clandestinas aos paraísos fiscais e lavagens de dinheiro, querem continuar lesando o Brasil como fazem a décadas.

Shirley Lima

22/12/2015 - 19h33

Concordo demais com Nassif.Dizer mais o q?

MANU

22/12/2015 - 16h19

Classe empresarial não vota, não esta satisfeita, a porta da rua é a serventia da casa

Novelli Fernando

22/12/2015 - 17h46

Será que ela ainda não entendeu que a classe empresarial NAO a quer mais no Governo e enquanto ela estiver ao invés de investir no Brasil vão investir nos EUA ???? Precisa “desenhar” para ela entender que a economia vai parar enquanto ela e o PT não sairem ?

Novelli Fernando

22/12/2015 - 17h46

Será que ela ainda não entendeu que a classe empresarial NAO a quer mais no Governo e enquanto ela estiver ao invés de investir no Brasil vão investir nos EUA ???? Precisa “desenhar” para ela entender que a economia vai parar enquanto ela e o PT não sairem ?

    Diego Toledo

    22/12/2015 - 19h38

    Forbes, The economist, Firjan, até uma ala dentro do Fiesp discordam totalmente disso. #DilmaFica

    Novelli Fernando

    22/12/2015 - 20h29

    Diego Toledo sei o que vejo como consultor ! As empresas querendo sair do Brasil, algumas indo para Miami e agora, algumas, querendo ir para a Argentina, apenas, levantando dados de logística e tributário!

      Moacir

      26/12/2015 - 11h29

      Então… Boa viagem!


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