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No desespero, Lava-jato parte para a tortura de Odebrecht

por Rogerio Dultra dos Santos, no Democracia e Conjuntura A operação lava-jato entrou numa espiral desesperada. Agora é tudo ou nada. Perdeu nesta terça a possibilidade de prender Lula, no momento em que o Ministro Teori avocou o processo para o STF. Resta finalizar – como se diz no MMA – a indústria de engenharia […]

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por Rogerio Dultra dos Santos, no Democracia e Conjuntura

A operação lava-jato entrou numa espiral desesperada. Agora é tudo ou nada. Perdeu nesta terça a possibilidade de prender Lula, no momento em que o Ministro Teori avocou o processo para o STF.

Resta finalizar – como se diz no MMA – a indústria de engenharia civil nacional. O foco virou Marcelo Odebrecht. Esta é a fase xepa, fim de feira, da lava-jato.

E se o empresário, que passou quase um ano em prisão provisória calado, e mesmo depois de condenado a 19 anos (??) resolveu permanecer calado, vale o golpe “Torquemada”. Ou para ficar nas referências históricas nacionais, vale a estratégia “Delegado Fleury”, qual seja: se o preso não fala por pressão física e psicológica, traga-se sua família perante o carrasco.

E Marcelo Odebrecht, diante de mais de vinte engenheiros que compõem o núcleo duro da empresa há décadas, alguns deles responsáveis pelo processo de internacionalização na África e em outros continentes, resolveu falar.

Odebrecht optou por salvar os colegas, alguns considerados quase parte da família. Meses e meses calado. Fala agora para preservar da tortura seus empregados. Este é o capitalismo brasileiro. Em nenhum lugar do mundo isto será visto de novo.

Não só porque o nosso capitalismo industrial e produtivo é uma jabuticaba em termos de inovação, mas porque o nosso judiciário se mostra, pelo exemplo do TRF 4 do Paraná, uma resultante perversa da presença da ditadura civil-militar nos dias de hoje.

Os abutres da Constituição e da legalidade resolveram passar o rodo na ordem democrática.

Apesar disso, os juízes que resistem no país continuam calados, como consideram ser a sua função: a imparcialidade, a não manifestação em questão política.

Aproveitando-se do perfil compreensivamente discreto da maioria do judiciário, o Juiz lava-jato barbariza em uma de suas últimas cartadas: prende todos os que encontra pela frente, num frenesi repressivo incomparável, com o estrito objetivo de ganhar uma delação que coloque Lula no centro do tabuleiro. O mesmo Lula que não é mais seu.

Mas, em assim fazendo, corre o risco duplo de, se bem sucedido em seus anseios, transformar Lula em mártir ou herói e, se reformado em seus desmandos, transformar a lava-jato num vexame histórico a ser carregado como uma chaga pelo restante do Judiciário, pelo menos, pelas próximas gerações.

Marcelo Odebrecht decidiu pela delação premiada. Vai falar. Será que vai valer judicialmente? Será que, diferentemente de vários processos da 13a vara questionados em tribunais superiores por “irregularidades” variadas vai ser confirmado? Um processo com este pedigree, quem sabe…

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