Ministério Público desmente matéria da Veja sobre negócios de Lula na África

Foto: Reprodução/ Veja

O Ministério Público Federal publicou nesta segunda-feira (23) uma nota desmentindo reportagem da Veja, intitulada ‘Conexão África’ (leia aqui), em que a revista acusava o ex-presidente Lula de participar num suposto esquema para beneficiar a empresa Odebrecht com obras públicas em países africanos.

Na reportagem, Veja afirma que o ex-presidente Lula teria recebido benefícios por meio de contratos assinados em Angola entre a Odebrecht e seu sobrinho Taiguara Rodrigues dos Santos. Sem apresentar provas, a denúncia da revista se baseia inteiramente numa entrevista com o procurador Ivan Cláudio Marx.

No entanto, “O Ministério Público Federal (MPF) esclarece que, ao contrário do que afirma a reportagem Conexão África, publicada pela Revista Veja (edição 2479), o procurador da República Ivan Cláudio Marx jamais afirmou que “é muito clara” a participação do ex-presidente Lula em um esquema para beneficiar a empresa Odebrecht junto a agentes públicos estrangeiros e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)”, diz a nota.

Leia a íntegra abaixo:

Nota de Esclarecimento

O Ministério Público Federal (MPF) esclarece que, ao contrário do que afirma a reportagem Conexão África, publicada pela Revista Veja (edição 2479), o procurador da República Ivan Cláudio Marx jamais afirmou que “é muito clara” a participação do ex-presidente Lula em um esquema para beneficiar a empresa Odebrecht junto a agentes públicos estrangeiros e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A suposta irregularidade é objeto de uma investigação em andamento no MPF e na Polícia Federal, não havendo nenhuma conclusão sobre o caso.

Esclarece ainda que a entrevista – mencionada na reportagem – aconteceu antes da Operação Janus, deflagrada na última sexta-feira (20) e que não teve como foco o personagem Taiguara Rodrigues dos Santos, um dos alvos da operação policial e da matéria jornalística. O objetivo da conversa foi contextualizar a investigação e explicar os motivos que levaram à formação de um grupo de trabalho para apurar não só este caso, mas outros que também envolvem a liberação de financiamentos do BNDES à empreiteira Odebrecht para obras no exterior.

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