O Suicídio do STF e da PGR

Brasília - Os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes participam da sessão do STF que adiou o julgamento sobre a validade da posse de Lula na Casa Civil (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Celso de Mello transfere a Gilmar a presidência da Turma que julgará Lava Jato

por Luís Nassif, no Jornal GGN

O Ministro Celso de Mello gosta de gestos rompantes. Em várias oportunidades saiu a púbico rompendo com as regras de discrição que deveriam nortear o comportamento de Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) para declarações retóricas visando as manchetes dos jornais.

Em vários julgamentos políticos rumorosos, tomou a palavra para longuíssimas perorações onde abusava das imagens e das ênfases para se apresentar como o Ministro valente, impávido, imune às pressões políticas.

Ontem, escalado para presidir a Segunda Turma do STF, incumbida de analisar a Lava Jato, Celso de Mello recuou. Por rodízio, o cargo seria seu. A história colocou em suas mãos um momento único, bem à altura dos saudosos grandes juristas que ele vive citando. E Celso de Mello piscou.

Abriu mão da presidência e a repassou para as mãos de Gilmar Mendes.

Caberá a Gilmar, com toda sua isenção, marcar as datas de julgamento e presidir uma turma incumbida de analisar recursos dos réus tanto junto ao STF como às instâncias inferiores.

A turma é composta por Gilmar, Dias Toffoli, Carmen Lúcia, Celso de Mello e Teori Zavascki.

Ontem disse aqui que o Supremo ficou menor que Gilmar.

A postura de Celso de Mello me permite relembrar as equações de ginásio: c.q.d., como queria demonstrar.

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