Temer quer “driblar” estabilidade do funcionalismo para fazer “megademissões”

Eu sou a favor de se discutir a estabilidade do funcionalismo para algumas categorias.

Uma mudança neste sentido, porém, precisa ser debatida com sindicatos, parlamentares e opinião pública.

Sobretudo, não se pode fazer uma coisa dessas no meio de uma recessão!

O que o governo Temer quer fazer é, simplesmente, safadeza.

No meio da maior crise de desemprego da nossa história, o governo quer demitir 25 mil funcionários dos Correios!

É evidente que o serviço será inteiramente sucateado, dificultando ainda mais a vida de milhares de empresas e pessoas que precisam dos Correios para vender seus produtos.

É o tipo de economia burra do neoliberalismo. Na obsessão de cortar custos, irá deprimir ainda mais a economia e dificultar o comércio, gerando mais queda de receita fiscal e mais crise.

Além do mais, uma “megademissão”, neste momento, ao invés de reduzir custos, irá criar, no curto prazo, um déficit ainda maior para a instituição, por causa do pagamentos dos direitos.

Se for conduzida do jeito que eles querem, com essa brutalidade, poderá gerar um passivo trabalhista bilionário.

Se houve algum servidor público que, um dia, apoiou o impeachment, deve estar muito arrependido agora.

Veja só.

O governo ilegítimo quer usar a “megademissão” de funcionários dos Correios para abrir um “precedente” que lhe permita, em qualquer categoria, fazer demissões em massa de servidores concursados e com direito a estabilidade no emprego.

A ânsia de destruir os direitos sociais e trabalhistas é tão grande que o governo não quer sequer esperar aprovar leis no congresso.

Ele quer burlar as leis existentes!

Leia abaixo o trecho da matéria publicada hoje no Valor.

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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