Tua hora vai chegar, Globo! Wanderley defende contragolpe e reestruturação da mídia

(Colagem a partir das fotos de Marcello Casal Jr/ Agência Brasil e José Cruz/ Jornal Grande Bahia)

Trecho de post publicado há pouco no GGN:

Sinuca das forças políticas em 2018

Wanderley acredita que a etapa que desestruturou a democracia brasileira pode ter chegado no seu “apogeu”, pela forma como movimentos populares começaram a se manifestar, sobretudo em resposta às reformas da previdência e trabalhista. E essa “aparente virada de jogo, torna mais angustiante a perspectiva de curto prazo” dos setores que apoiaram e apostaram no golpe, incluindo a grade mídia, de evitarem que um representante das forças populares vença a eleição presidencial em 2018.

“Está cada vez mais difícil para eles, porque Lula pode ser eleito, e se o ex-presidente não puder ser eleito por ter a candidatura inviabilizada, ele pode apontar alguém e Lula, apontando alguém, é complicado, ainda mais estando preso”.

A perspectiva, para o cientista político, é que as próximas cenas da história nacional vão se intensificar e os setores diretamente responsáveis pelo golpe vão usar todas as armas possíveis para “não permitir a volta das forças populares ao circuito normal do diálogo democrático”.

Necessidade de um contragolpe e reestruturação da mídia

“Supondo que ocorra [eleições de 2018], tem que ficar claro para os órgãos de comunicação, já na campanha, que essa situação vai mudar drasticamente. Não pode haver uma corporação que controle rádios, jornais, revistas, televisões em todo o território nacional. Isso não existe em lugar nenhum”, orienta Wanderley, salientando ainda que o golpe exige um “contragolpe”, no sentido de restabelecer as bases do sistema democrático brasileiro, o que poderia acontecer na figura de políticos que, com o apoio popular, se comprometam a voltar à rota do desenvolvimentismo includente. E, para o professor, as Organizações Globo, em especial, são grandes obstáculos ao avanço da democracia no país.

“Não se trata de destruir a organização, de maneira nenhuma. Mas pela instância jurídica isso tem que ser discutido, a concorrência com capacidade de concorrer tem que ter espaço”, concluiu.

Acompanhe a seguir a entrevista na íntegra:

0’00 até 5’22” – Joaquim Barbosa deu início à subversão constitucional na AP 470

3’33” A afirmação de Joaquim Barbosa de que a Constituição era o que o Supremo dizia que ela é

5’23” Ao julgar Dirceu, Ayres Brito lança tese de que culpado deve provar sua inocência

8’11” Também no julgamento de Dirceu, Rosa Weber aprova condenação admitindo a inexistência de provas

12’02” – Celso de Mello e seus longos discursos

14’18” – A visão Luiz Roberto Barroso o papel do judiciário como legislador

18’35” A sinuca das forças golpistas com 2018.

23’39” Necessidade de contragolpe, candidatos progressistas em 2018 e quebra de poder dos oligopólios midiáticos

25’28” Organizações Globo são obstáculo à evolução da democracia

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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