Delação? O povo quer emprego e direitos assegurados

Por Wellington Calasans, Colunista do Cafezinho, na Suécia

Quando a imprensa tradicional ocupa os seus noticiários com reportagens que são apenas o preenchimento de um roteiro escrito pelo patrão, os resultados são esses que temos visto atualmente no Brasil. No caso das “delações”, onde o método não importa, o que importa é propagar as mensagens que possam prejudicar Lula, Dilma e o PT.

A Lava Jato e a Globo, com a complacência de praticamente toda a justiça e de setores importantes da sociedade, pecam pela repetição do método. Ainda que as novas “delações” sejam feitas em vídeo para conferir alguma credibilidade, o povo não está mais interessado nelas.

Nunca é demais lembrar que este método de usar imagem é antigo e em nada contribui para a apresentação de provas. Acaba sempre no “eles sabiam de tudo, mas não tenho como provar”. Muito comum em regimes totalitários, compatíveis com o atual estado de exceção do Brasil.

Fica cada vez mais evidente que o filme pornô em que foi transformada a Lava Jato (Garganta Profunda do Delator) é uma ação orquestrada para agradar a elite e o capital estrangeiro. As diversas faces da tortura, em breve, voltarão a ser testadas. O fracasso de Moro, reduzido ao que ele sempre foi, diante de Lula, enfureceu a turma do golpe, que agora tenta um histérico ataque reacionário contra Lula e Dilma.

A falácia do “combate à corrupção” soa ainda pior quando defendida por ladrões. Temer é a figura mais bizarra da história política mundial. Motivo de piada em diversos países. Os deputados ladrões da quadrilha de Cunha sabem que se aprovarem as pautas contra o povo estarão sepultando mais do que a carreira política. Será difícil, para qualquer um deles, botar a cara na janela por muitos anos.

A paciência do povo já foi testada à exaustão. Está provado que o golpe foi contra o Brasil e os brasileiros. O povo cansou da Lava Jato e da perseguição descarada contra quem, na memória coletiva recente, mais fez pelos pobres. Sem propostas para o povo, o golpe míngua a cada dia.

As mentiras das “delações” são ridicularizadas em poucos segundos nas redes sociais. Em uma guerra, a estratégia de recuo é uma das mais difíceis ser adotada, mas é muitas vezes a mais eficiente. A esquerda soube recuar e assimilar o golpe. Os golpistas vivem hoje uma realidade paralela, ignoram o “fator povo” e avançam nos erros que apenas ampliam o próprio desgaste.

Sem emprego, e com ameaças seguidas, o povo está disposto a tudo para mudar o atual cenário. As ameaças de novas “delações” já não causam mais o mesmo impacto de outrora. Sem comida na mesa e com as contas vencidas, o povo só quer saber se votarão em Lula com eleições antecipadas ou em 2018. Todo o resto é devaneio da turma do golpe que está presa na própria loucura.

Na foto, o sorriso dos delatores da Lava Jato.

Wellington Calasans:
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