Miriam Leitão, colunista do golpe, lidera estratégia da Globo para desmantelar o BNDES

O Brasil está órfão de informação.

Os colunistas econômicos não falam mais de economia. Foram alistados no jornalismo de guerra. Sua missão é desviar a atenção dos problemas econômicos e focar nas conspirações midiático-judiciais, baseadas, como sempre, em delações.

Em sua coluna de hoje, Miriam Leitão assume a estratégia da Globo: mentir sobre o BNDES.

O BNDES sob Lula e Dilma se tornou uma instituição de Estado, prestigiada, respeitada, que investia na empresa nacional, de todos os tamanhos, pequenas, médias e grandes.

Sob Lula e Dilma, o BNDES bateu recordes de lucro e de financiamento às empresas brasileiras.

Foi com ajuda do BNDES que o Brasil enfrentou todas as crises que perturbaram o mundo no período e foi com o BNDES que o Brasil cresceu e o desemprego chegou ao nível mais baixo da história.

Na gestão tucana, o BNDES era usado apenas para financiar os programas de privatização e de desmonte do Estado.

Assim que o golpe foi consumado e Michel Temer assumiu o poder, o BNDES voltou à rotina tucana: todos os financiamentos às empresas nacionais foram suspensos, interrompidos, cancelados.

A primeira iniciativa do governo foi roubar 100 bilhões de reais do BNDES para torrá-los em juros da dívida pública, ou seja, entregá-los aos banqueiros. E isso em meio à maior crise econômica em décadas, crise esta produzida pelo golpe.

O BNDES do golpe serve apenas para financiar empresas de mídia, através de publicidade, e subsidiar as privatizações, já que o neoliberalismo do governo Temer (do tipo tucano) é tão radical que paga, com dinheiro público, para empresas estrangeiras e nacionais comprarem o nosso patrimônio.

O golpe entra com as “delações”, onde os empresários, chantageados pelo Estado, dizem exatamente aquilo que os procuradores – esses novos capitões do mato da Casa Grande – querem ouvir para ajudarem a mídia em sua campanha para destruir o BNDES.

Ora, se a Globo diz que o BNDES serviu como “central de propina” (o que é uma mentira odiosa), então fica fácil aceitar o desmantelamento completo da instituição.

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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