Emilio Odebrecht explica a Moro importância da África para empregos no Brasil, e a ‘grande mídia’ finge que não vê

Imagem: reprodução

Pra começo da conversa, o depoimento de Emilio Odebrecht ao juiz Sergio Moro, ontem, não era nem para ter acontecido. Em decisão significativa, o Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF-4) reconheceu que Moro cerceou a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso. Mas reconheceu um pouco tarde, quando os depoimentos já tinham acontecido.

E se aconteceram, vazaram, se vazaram, o twitter da Carta Maior revelou que “Emilio Odebrecht destroça Moro sobre crédito no BNDES para obras na África: ‘Era algo que o governo poderia fazer para gerar emprego aqui (e Lula fez)'”.

A informação, no entanto, não está no Globo, nem no Estado nem na Folha de São Paulo nem em qualquer página ou canal da dita “grande mídia”. Foi escondida pelo noticiário enviesado de sempre, cínico, do qual se pode ter uma ideia, ainda, pelo twitter da Carta Maior.

“Emilio Odebrecht a Moro: ‘Ouvi pedidos de ajuda eleitoral de todos os presidentes’. Globo: ‘Lula pediu ajuda ao PT, mas não tratou valores'”, conta a revista, em mais um tweet. E em outro a Carta Maior questiona os concorrentes adversários, de outra linha: “Emilio Odebrecht, ouvido por Moro na 2ªfeira, destroçou as premissas da Lava Jato contra Lula. Garrafais isentas em algum jornal ou colunista?”.

Por enquanto, não.

Luis Edmundo: Luis Edmundo Araujo é jornalista e mora no Rio de Janeiro desde que nasceu, em 1972. Foi repórter do jornal O Fluminense, do Jornal do Brasil e das finadas revistas Incrível e Istoé Gente. No Jornal do Commercio, foi editor por 11 anos, até o fim do jornal, em maio de 2016.

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