Eliane Brum e a necessidade do voto para voltar a imaginar um país

Foto: Lula Marques/Agência PT

Em sua longa coluna de hoje no El País, a jornalista Eliane Brum explica, no título, “por que Diretas Já”. “É preciso interromper a crescente fragilização da democracia para recuperar a capacidade de imaginar um país”, afirma Brum, no subtítulo.

A jornalista pede o “Fora Temer” como quase todo mundo no país, ao dizer que “é óbvio que a permanência de Michel Temer na presidência do país é insustentável. Ou deveria ser…”. Mas ressalta também os erros do PT em todo o processo que culminou no impeachment “sem que o motivo alegado naquele momento justificasse medida tão extrema”.

“O voto, no Brasil, foi traído duas vezes na história recente”, afirma Eliane Brum. E a primeira delas, segundo a jornalista, foi “no estelionato eleitoral promovido por Dilma Rousseff, logo no início do seu segundo mandato, quando a presidente adotou o programa dos adversários”.

Apesar das manifestações que levaram multidões ao Rio, São Paulo e Salvador, entre outras capitais, a jornalista acha que a grita, nas ruas, já deveria ser bem maior. Ela define a apatia atual de boa parte da população dizendo que “há descrença na política e nos políticos, há descrença nos partidos. E há uma percepção disseminada de que, de alguma forma, o voto será mais uma vez traído”, de que “os grupos de poder vão acabar fazendo o que bem entendem, independentemente das mobilizações”

Segundo Brum, “essa crescente fragilização da democracia no interior de corações e mentes, entranhada no cotidiano, é a mais perigosa”. “Também por isso”, conclui a jornalista, “a decisão sobre quem governará o país na hipótese da saída de Michel Temer deve ser do povo e das urnas”.

 O texto de Eliane Brum pode ser conferido na íntegra aqui

 

Luis Edmundo: Luis Edmundo Araujo é jornalista e mora no Rio de Janeiro desde que nasceu, em 1972. Foi repórter do jornal O Fluminense, do Jornal do Brasil e das finadas revistas Incrível e Istoé Gente. No Jornal do Commercio, foi editor por 11 anos, até o fim do jornal, em maio de 2016.
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