Temer e Lava Jato conduzem o país à ruína fiscal. Até onde isso vai?

Até quando o empresariado brasileiro permanecerá mergulhado no delírio insano de que o governo Temer e suas “reformas” fazem bem à economia?

O Brasil está se autodestruindo a uma velocidade assustadora! Sob liderança de Temer, o governo está sendo conduzido, rapidamente, à ruína fiscal.

É justo dizer, todavia, que se trata de uma dobradinha entre Temer e Lava Jato.

Ambos trabalham com uma agenda afinada, apesar da briguinha pelo poder que vemos na política.

A Lava Jato criminaliza investimentos e destrói setores inteiros da economia, e Temer paralisa bancos públicos, cancela investimentos e aposta na recessão.

Será essa a intenção?

A fórmula neoliberal nunca serviu em lugar nenhum do mundo, e não serve para o Brasil agora.

O Brasil precisa, em primeiro lugar, de um governo legítimo, eleito pelo voto popular, que dialogue com movimentos sociais, sindicatos, trabalhadores, estudantes, professores e intelectuais.

Um governo que só conversa com meia dúzia de empresários, e que só ouve a grande mídia, não entenderá o que é o Brasil e, portanto, não conseguirá fazer uma boa administração.

É tão complicado entender isso?

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No Estadão

Contas do governo têm pior maio em 20 anos e mercado reage mal

Déficit no mês foi de R$ 29,4 bi, acima da projeção mais pessimista de analistas do mercado; com resultado, dólar ultrapassou os R$ 3,31
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Por Eduardo Rodrigues e Idiana Tomazelli, O Estado de S.Paulo
29 Junho 2017 | 14h22

BRASÍLIA – O governo central registrou um déficit primário de R$ 29,371 bilhões em maio, o pior desempenho para o mês desde 1997, quando teve início a séria histórica do primário. O resultado, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, sucede o superávit de 12,570 bilhões de abril.

O resultado de maio foi pior do que das expectativas do mercado financeiro, cuja mediana apontava um déficit de R$ 18,6 bilhões, de acordo com levantamento do Estadão/Broadcast junto a 22 instituições financeiras. O dado do mês passado ficou fora do intervalo das estimativas, que foram de déficit de R$ 27,7 bilhões a déficit de R$ 12,1 bilhões.

Diante do pior resultado do governo central para o mês de maio desde o início da série histórica, o desempenho dos ativos do mercado financeiro se deteriorou. Depois de alternar altas e baixas ao longo de todo o dia, o Índice Bovespa fechou com ganho de 0,36%, aos 62.238,95 pontos. O volume de negócios somou R$ 6 bilhões, cerca de 60% da média de maio, confirmando a adoção de uma postura mais defensiva por parte do investidor de renda variável.

Segundo o operador de uma corretora, o resultado reforça a ideia de que a reforma da Previdência precisa sair de qualquer jeito, o que gera cautela em meio ao recesso parlamentar no próximo mês e crescentes dúvidas sobre a aprovação. Às 14h22, o dólar à vista subia 0,94% aos R$ 3,3138. O Índice Bovespa caía 0,27%, aos 61.852,78 pontos.

Entre janeiro e maio deste ano, o resultado primário foi de déficit de R$ 34,984 bilhões, também o pior desempenho para o período na série histórica. Nos cinco primeiros meses do ano passado, esse resultado era negativo em R$ 23,716 bilhões.

Em 12 meses, o governo central apresenta um déficit de R$ 167,6 bilhões – equivalente a 2,59% do Produto Interno Bruto (PIB). Para este ano, a meta fiscal admite um déficit de R$ 139 bilhões nas contas do governo central.

O resultado de maio representa queda real de 0,6% nas receitas em relação a igual mês do ano passado. Já as despesas tiveram alta real de 12,7%. No ano até maio, as receitas do governo central recuaram 1,7% ante igual período de 2016, enquanto as despesas caíram 1,1% na mesma base de comparação.

(…)

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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