Argentinos foram as ruas lutar contra um judiciário que serve a repressão

As pessoas se avolumaram ontem no centro de Buenos Aires, diante da constatação que o judiciário argentino deixou de ser uma porto seguro para demandas dos direitos individuais e direitos humanos, se lançando a oprimir e perseguir. Como abordou Cristina Kirchner:

¨As causas são inventadas , são sem motivos , servem para amedrontar e calar uma oposição contrária ao governo.”

Marina Rodriguez é uma pessoa comum, trabalha num escritório de arquitetura, disse que quando leu as detenções determinadas pelo juiz Claudio Bonadio se colocou a divulgar nas redes sociais e logo se reuniu com outras pessoas na altura da esquina “Cabildo” . Juntou agrupamentos como kirchneristas, partidos de esquerda e movimentos sociais. Rodriguez tentou definir seus companheiros:

“Nós somos um grupo que tem um pouco de tudo, politizados e não politizados que se reúnem desde janeiro de 2016 contra os ajustes propostos”

O que se percebe é que a população recebeu um banho de realidade, e que a ação do judiciário serve a um propósito organizado estrategicamente, para dar suporte de repressão no congresso e nas ruas sobre o objetivo de impor a reforma trabalhista e da previdência. É conclusivo que o juiz Claudio Bonadio apenas serve a uma cartilha e nunca agiria sozinho, a Casa Rosada faz a letra e a música de um tango exageradamente triste. Macri escreveu a partitura com notas que desconstrói a qualidade de vida dos argentinos(as).

Pode parecer que a noticia não se trata da Argentina e sim do Brasil. Mas se o silêncio estonteante da maioria da população brasileira permitir, por que os argentinos podem assumir este protagonismos e nós não?

Tulio Ribeiro: Túlio Ribeiro é graduado em Ciências econômicas pela UFBA,pós graduado em História Contemporânea pela IUPERJ,Mestre em História Social pela USS-RJ e doutorando em ¨Ciências para Desarrollo Estrategico¨ pela UBV de Caracas -Venezuela
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