O poder enlouqueceu a turma de Temer?

Entrevista para RedeTV News (São Paulo - SP, 02/02/2018) Presidente Michel Temer conversa com os apresentadores do telejornal RedeTV News, Boris Casoy e Amanda Klein. Foto: Marcos Corrêa/PR

(Doidão. Foto: Marcos Corrêa/PR)

Por Pedro Breier

Começou com o marqueteiro de Temer dizendo que este “já é candidato” e que “Se der certo, até o vampirão da Tuiuti pode virar um atributo positivo. Vampirar pode passar a ser transformar, revolucionar”. Temer está bem arranjado no quesito marketing, não?

Depois foi Eliseu Padilha, fiel escudeiro de Temer, a afirmar que o Vampirão pode tentar a reeleição: “não tem ninguém que defenda melhor o governo Temer do que o presidente”. De fato.

Romero Jucá – “com o Supremo, com tudo” – juntou-se ao coro e afirmou que Temer é uma opção do (P)MDB para concorrer a presidência.

A ideia estapafúrdia é que a intervenção militar no RJ alavancaria a aprovação de Temer e o cacifaria a concorrer.

Sim, o presidente responsável por ataques sem precedentes aos trabalhadores brasileiros, e por isso mesmo o mais impopular de nossa história, parece achar mesmo que tem chance: soltou nota sobre o tema em que nega os objetivos eleitorais da intervenção mas não nega a possibilidade de ser candidato.

Das duas, uma.

Ou essa turma do bem está tentando aumentar o preço do apoio de Temer na eleição ao aventar a possibilidade esdrúxula de que ele concorra, o que ao menos faria algum sentido estrategicamente.

Ou o poder enlouqueceu completamente essas probas figuras.

Somente um pesado delírio – no sentido clínico do termo – explica alguém levar a sério a hipótese de Temer ter alguma chance na eleição.

Temer só é sucesso absoluto de público como o Vampirão Neoliberal.

E é simplesmente impossível isso “virar um atributo positivo”.

Pedro Breier: Pedro Breier nasceu no Rio Grande do Sul e hoje vive em São Paulo. É formado em direito e escreve sobre política n'O Cafezinho desde 2016.
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