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UNASUL ameaçada

Jeferson Miola O Brasil, juntamente com os governos da Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru, está empenhado em enfraquecer a UNASUL, a União de Nações Sul-americanas. Os governos desses 6 países pretendem suspender a participação neste bloco regional criado em julho de 2010. A UNASUL é um fator essencial tanto para a integração regional, como […]

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Jeferson Miola

O Brasil, juntamente com os governos da Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru, está empenhado em enfraquecer a UNASUL, a União de Nações Sul-americanas.

Os governos desses 6 países pretendem suspender a participação neste bloco regional criado em julho de 2010.

A UNASUL é um fator essencial tanto para a integração regional, como para a viabilização de estratégias de soberania e defesa deste continente que é um estratégico fornecedor de energia, água, alimentos, minérios e matérias-primas para o mundo.

A entidade, além disso, foi determinante para o encontro de soluções pacíficas e negociadas dos conflitos surgidos entre as nações e mesmo de conflitos políticos internos.

O enfraquecimento da UNASUL, neste sentido, é uma escolha que vem em prejuízo da democracia e da paz regional, dos interesses de cada país individualmente e do conjunto da região; mas que beneficia os interesses geopolíticos estrangeiros, em especial dos EUA.

Os pretextos apontados para a decisão são frágeis. Ainda não há manifestação formal, porém o que foi divulgado mostra questões que seriam facilmente contornáveis num ambiente de cooperação e, sobretudo, de diálogo diplomático feito com boa fé.

Aspectos como a acefalia da Secretaria-Geral e custos de manutenção da entidade não podem ser razões suficientes para implodir um empreendimento de enorme valor geopolítico e geoestratégico para cada país e para a região.

Para o Brasil, em particular, o fortalecimento da UNASUL é de relevância ainda maior – o país compartilha fronteira terrestre com 10 das 12 nações sul-americanas [Chile e Equador são as exceções].

Por mais expressivas que sejam as diferenças políticas e ideológicas entre os atuais governantes – diferenças que, em menor medida, também se faziam presentes quando da época de fundação do bloco – os interesses estratégicos da região não podem ser prejudicados pelo dogmatismo e preconceito anti-integracionista da direita continental.

O governo brasileiro, ilegítimo por ser originário de um golpe de Estado, não tem legitimidade para co-patrocinar este retrocesso em âmbito regional.

Além disso, estaria outra vez mais ofendendo a Constituição, cujo espírito integracionista está estampado no Artigo 4º [parágrafo único]:

A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações”.

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Jochann Daniel

23/04/2018 - 23h00

Nosso objetivo é destruir para dominar e controlar.
Nada para construir.
Sincerely,
Rothschild Organization&Cartel.

Abreu

22/04/2018 - 16h45

WAR ON DEMOCRACY;

Leon

21/04/2018 - 21h44

A indústria de vários bilhões de dólares que vive de seus dados

No ecossistema oceânico, o plâncton é a matéria-prima que alimenta toda uma cadeia alimentar. Esses organismos minúsculos por si só não são tão notáveis, mas, em massa, têm um enorme impacto no mundo.

Aqui, em terra firme, o enorme volume de conteúdo e metadados que produzimos alimenta uma indústria de pesquisa de mercado que vale quase US $ 50 bilhões. Cada mensagem instantânea, clique em página e etapa realizada agora produz um ponto de dados que pode ser usado para criar um perfil detalhado de quem você é.

Cada respiração que você toma Cada movimento que você faz

A demografia e as informações de contato de baixa granularidade do passado parecem estranhas em comparação com o sofisticado campo de batalha de coleta de dados de hoje. No passado, os profissionais de marketing faziam julgamentos sobre sua provável estrutura familiar e de renda com base em onde você morava e recebia e-mails e chamadas “segmentadas” de operadores de telemarketing. Os programas de fidelidade e o surgimento da análise da web levaram as coisas um pouco mais longe.

Hoje, a marcha constante do avanço tecnológico criou um vasto império de coleta de dados que mede todos os aspectos de sua vida digital e, cada vez mais, sua vida off-line também. Somente o Facebook usa quase cem pontos de dados para segmentar anúncios para você, desde seu estado civil até se você esteve de férias recentemente ou não. As telecomunicações têm acesso a informações extremamente detalhadas sobre sua localização. A Apple tem dados biométricos.

Também assistindo todos os seus movimentos são rastreadores da web. “Sincronização de cookies” é uma das maneiras sorrateiras pelos quais os anunciantes podem acompanhá-lo pela internet. Basicamente, a sincronização de cookies permite que terceiros compartilhem informações de navegação em uma escala tão grande que até mesmo a NSA “pega carona” deles para fins de vigilância.

O recente crescimento de vendas de alto-falantes inteligentes aumentará apenas a amplitude de coleta e análise das empresas de dados. A Amazon e o Google pediram patentes de tecnologia que, essencialmente, permitiriam a gravação de áudio para palavras-chave. Os anunciantes podem segmentar você com fraldas antes que sua família e seus amigos saibam que você está grávida.

http://www.visualcapitalist.com/personal-data-ecosystem/

Luzia

21/04/2018 - 21h07

Mais um comprovação do imperialismo atuando massivamente na região.

Estátua Cega que mora na frente do STF

21/04/2018 - 18h41

Esses países têm toda razão de se afastar desse retrocesso chamado UNASUL, afinal quem permanece afunda junto com aquele fantástico país de primeiríssimo mundo, onde todos são iguais e a democracia funciona: Uma dica o nome começa com “Ve” e termina com “nezuela”.

    Adalberto

    22/04/2018 - 11h06

    “Estátua cega que mora em frente ao STF”. Pronto! Mais um “cidadão de bem” comentando num blog progressista. O perfil é sempre o mesmo: admiração infantil por juízes, MP e PF, comentários lastreados pelo senso comum e informações trucadas da mídia comercial e aquela arrogância típica. Cara, deixa de ser bobo! Qual o problema dos países sul-americanos terem uma associação comum? Se fosse a ALCA, estava tudo bem? Você criticaria? O que a Venezuela tem haver com isso? Esta escrito em alguma parte dos estatutos da UNASUL que seu objetivo é espalhar o “socialismo do sec. XXI” pelo continente?

    Luiz Carlos P. Oliveira

    22/04/2018 - 21h36

    Tem certeza que você sabe o que é a UNASUL?

Luiz Carlos P. Oliveira

21/04/2018 - 16h53

Unasul, Mercosul, Brics… o governo temerário vai tirar o Brasil desses blocos. Afinal, a meta da direita é ser colônia dos EUA. E Trump agradece, taxando nossas exportações de alumínio e aço em 25:%. Só falta agora entrarmos para a ALCA. Meu avô dizia que “quem nasceu para ser lagartixa nunca será um jacaré”.


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