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Ex-aliados de Dilma, PP e PR cogitam apoio a Ciro

Informações publicadas no jornal Folha de São Paulo: Para evitar uma derrota precipitada e o esfacelamento completo do grupo político que hoje se autodenomina de centro, DEM, PP e PR cogitam um acordo com o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT). A possibilidade de costura com um candidato ferozmente crítico à gestão de Michel Temer […]

12 comentários
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DF - ELEIÇÕES/PROS/DILMA - POLÍTICA - A presidente Dilma Rousseff cumprimenta o secretário de Saúde do Ceará, Ciro Gomes, durante a convenção nacional do PROS, em Brasília, nesta terça-feira. O governador do Ceará, Cid Gomes, desistiu de ir à convenção por recomendação médica, de acordo com sua assessoria. O governador desmaiou domingo, durante discurso na convenção estadual do PDT, em Fortaleza. 24/06/2014 - Foto: ED FERREIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

Informações publicadas no jornal Folha de São Paulo:

Para evitar uma derrota precipitada e o esfacelamento completo do grupo político que hoje se autodenomina de centro, DEM, PP e PR cogitam um acordo com o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT).

A possibilidade de costura com um candidato ferozmente crítico à gestão de Michel Temer —da qual os três partidos fazem parte— tem sido discutida nos bastidores pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e seus aliados como alternativa à aproximação entre Temer e Geraldo Alckmin (PSDB). O movimento do presidente em direção ao tucano se intensificou nos últimos dias como uma espécie de abraço dos afogados.

O mapa de sobrevivência do bloco centrista ganhou corpo antes do previsto com a aparente inviabilidade de grande parte dos candidatos que congestionam o campo.

​Sem ideologia bem definida, ao menos sete nomes se apresentam hoje como capazes de romper a polarização entre direita e esquerda —a maioria longe do primeiro pelotão nas pesquisas—, enquanto Ciro Gomes aparece com 9%, segundo o Datafolha.

O grupo ligado a Maia diz estar ciente de que Ciro tentará, primeiro, fechar acordo com PT e outros partidos da centro-esquerda, já que o ex-governador é um dos principais herdeiros de voto do ex-presidente Lula, caso o petista fique fora da disputa de outubro. A aposta, porém, é que, se o PT não abrir mão da cabeça de chapa, haverá uma avenida para que parte desse centro migre para a candidatura do cearense —e ganhe algo com isso.

Siglas médias, como PP e PR, comportam-se de forma pouco ideológica. Sem candidatos próprios à Presidência, querem eleger a maior bancada de deputados possível e ter acesso a fatias mais gordas do fundo partidário.

O PR, inclusive, filiou o empresário Josué Alencar, visto como opção para ser vice de Ciro Gomes. O presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), por sua vez, sabe que a aliança com a esquerda beneficiaria sua reeleição a senador no nordeste.

Maia ainda mantém o discurso de que é candidato ao Planalto —ele tem apenas 1% nas pesquisas—, mas preserva na ponta da caneta o esboço de como enxerga a situação do aglomerado partidário.

A imagem que se forma é uma metáfora do caos reinante nesta pré-campanha: um emaranhado de acordos que antes pareciam improváveis mas que, se tudo der errado, pode, sim, incluir um trato entre DEM, PP e PR com Ciro Gomes.

O presidente da Câmara avalia ainda com o PRB, do pré-candidato ao Planalto Flávio Rocha, a possibilidade de namoro com Ciro, mas não fecha as portas de outro arranjo, com o mesmo PRB e o Podemos, de Álvaro Dias, mais bem posicionado nas pesquisas para a sucessão de Temer.

Em todos os cenários, a tentativa é de que o presidente e Alckmin fiquem de fora. Para Maia, o chamado centro precisa ser reeditado, mas não é capaz de abrigar Temer e o tucano.

Na avaliação do chefe da Câmara, o centro é onde os políticos não abrem mão de suas ideias, mas conseguem dialogar com os vários setores ideológicos. Ali estariam ele próprio, Henrique Meirelles (MDB), Aldo Rabelo (SD) e Paulo Rabello de Castro (PSC) —nenhum passa de 2% das intenções de voto.

Temer e Alckmin figurariam na centro-direita, somente uma casa antes da ocupada pelo ultraconservador Jair Bolsonaro (PSL)—que lidera as pesquisas nos cenários sem Lula, com 17%. Na centro-esquerda ficaria o PT, e Ciro Gomes se posicionaria, segundo Maia, entre o centro e esse núcleo dominado pelos petistas e, portanto, seria capaz de receber o apoio do bloco do deputado.

Nem Temer nem Alckmin têm bom desempenho nas pesquisas —o tucano chega a 8% e o presidente não passa de 2%— mas perceberam que, juntos, poderiam evitar o isolamento e a derrota eleitoral antecipada da coalizão governista.

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Comentários

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Adalberto

08/05/2018 - 19h23

Fake news! Grampinho do DEMO já desmentiu.

Mirko Kraguljac

08/05/2018 - 17h52

E do outro lado Manuela… Nem próprio Lula costurou alianças desse “nível”… Eu tenho muito respeito para o Ciro, é competente, preparado, mas “isso” não tem mínima chance de salvar país do abismo de onde se encontra…

José Ruiz

08/05/2018 - 17h10

caraca, eu estou impressionado, esse movimento traidor do povo brasileiro é escandaloso.. vão formar agora uma grande frente de direita? Prá combater a “outra direita”? E dizem que o Gilmar Mendes quer visitar o Lula na cadeia.. cara, eu não acredito que estou vendo isso..

NeoTupi

08/05/2018 - 16h59

Finalmente Ciro consegue sua frente de “esquerda”: DEM-PP-PR

Pelo menos deve servir para os intelectuais da rendição ao golpe pararem de encher o saco com estória do PT apoiar Ciro.

gonzales

08/05/2018 - 16h09

Nessa intifada em que todos são acusados com verdades e mentiras pela imprensa, mp e pf, Ciro é o único que não possui acusações, Luciana genro já foi acusada, Alckmin, Serra, Temer, Maia, Luciano Huck, Marina e seu marido com nome na cpi do desmatamento… Independentemente de acusações serem verdadeiras ou não, todos os candidatos viáveis foram acusados , a exceção é Ciro, certa vez um almoxarife me disse o seguinte; no dia da auditoria as contas nunca batem, eu perguntei ; ‘ alguma vez vc conseguiu fazer as contas baterem ?, resposta ; Se as contas baterem o patrão começa a desconfiar de vc !
Ciro é o almoxarife onde as contas batem !

Leal

08/05/2018 - 15h47

Fazer alianças com golpistas para salvar o pais do golpe?
Brasil um pais de TOLOS.

alexandre gomes

08/05/2018 - 14h25

Matéria normal. Nada de tendência.

Esse é o Centro que Ciro fala sempre: “Não tem ideologia, mas precisa sobreviver”.
Retrato nu da política.

    Dio

    08/05/2018 - 15h01

    Pois é, os golpistas precusam sobreviver pra darem o próximo golpe…
    Zzzz….

J. Vidigal

08/05/2018 - 13h46

A honesta e honrada presidenta Dilma já disse.
O centro é o Lula.
Lula Livre!

ALBERTO F BARBOSA

08/05/2018 - 13h24

Governo de coalizão, com partidos políticos que tenha parlamentares no Congresso para sustentar a governabilidade de projetos populares é diferente de aliados. Aliás, quando o PP e PR votavam com Dilma, eles não eram golpistas. Depois foram comprados por Eduardo Cunha e Temer e se tornaram golpistas. Eles estão indo para Ciro na condição de golpistas e reacionários. Observe no que votaram com Temer. Este título na matéria do Cafezinho é porque Miguel é cabo eleitoral de Ciro e ficou contrariado porque o PT não apoia o candidato dele? É isso?

Adalberto

08/05/2018 - 13h17

Ciro nunca! É Lula de A até Z.

Dio

08/05/2018 - 12h00

Que título mais cacioso, hein, cafezinho?
Diretamente da globonews.
Esses golpistas já são ex-aliados de Dilma há muito tempo.
E, pelo jeito, agora já são ex também do golpisto.
Me admira vcs da imprensa alternativa usando ardil característico da velha mídia pra enganar petista.
E ainda com o objetivo de não deixar sujar ciro gomes.


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