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Parente quebrou o país para defender tubarões que rapinam Petrobras. Por Paulo Moreira Leite

Publicado no Brasil 247 “Mexer com o preço do óleo diesel é muito diferente de mexer com o preço de um picolé de sorvete”, afirma o professor Luiz Gonzaga Belluzzo, um dos principais enconomistas do país, com uma obra fundamental sobre as idas e voltas da economia brasileira nas últimas décadas. Explicando a diferença: enquanto […]

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Publicado no Brasil 247

“Mexer com o preço do óleo diesel é muito diferente de mexer com o preço de um picolé de sorvete”, afirma o professor Luiz Gonzaga Belluzzo, um dos principais enconomistas do país, com uma obra fundamental sobre as idas e voltas da economia brasileira nas últimas décadas.

Explicando a diferença: enquanto uma alta no preço do picolé tem um impacto limitado ao bolso dos consumidores e produtores envolvidos na fabricação e compra de uma ótima sobremesa de verão, o preço do diesel envolve a economia de um país inteiro, como os 210 milhões de brasileiros puderam experimentar nesses dias.

“Se a economia já não estava bem, agora complicou de vez”, afirma Belluzzo.

“Pode-se prever uma queda no PIB de dois a três pontos por causa do impacto de um imenso desastre como este”.

Ao elevar o preço de um produto essencial como diesel a um patamar incompatível com o padrão de renda da sociedade brasileira, com a única finalidade de manter um alinhamento com o mercado internacional – e assim proteger os ganhos de acionistas minoritários que se tornaram a referencia para as decisões da Petrobras sob Temer -, Parente produziu um colapso de efeito geral na economia.

A resistência – inevitável – das dezenas de milhares de caminhoneiros a uma política de preços irracional, que ameaça inviabilizar sua atividade, produziu um movimento em círculos, semelhantes aos de uma pedra que se atira num lago.

Derrubou o sistema de transportes num país onde caminhões e ônibus – sempre a diesel – se encontram no coração da produção, distribuição e circulação de bens e pessoas.

Provocou a falta de mercadorias nos supermercados e feiras, a falta de insumos para a industria, dificultou o transporte de trabalhadores para seus empregos, a ida de milhões de estudantes para suas escolas e assim por diante.

Em São Paulo, maior cidade do país, a circulação de ônibus está reduzida por falta de combustível.

Para terça-feira, a própria prefeitura reconhece que não tem a menor garantia para colocar a frota em movimento.

Não estamos na guerra do picolé, portanto.

O país assiste – e participa – de uma disputa gigantesca para o destino de nossa economia e do futuro de brasileiros e brasileiras, no qual o destino da Petrobras terá um lugar decisivo, para o bom ou para o mal.

Não por acaso, a Frente Única dos Petroleiros, principal entidade sindical do setor, programa uma greve a partir de quarta-feira. Quer a redução dos combustíveis e a saída de Parente. Nada mais justo.

A política de Pedro Parente é o ponto essencial de um programa de desconstrução de uma das dez maiores economias do mundo. Seu projeto, de natureza colonial, que remonta aos velhos acordos entre Portugal e Inglaterra, aquele dos panos e vinhos – pelos quais Lisboa entregava produtos primários e comprava bens industrializados.

Sabemos o resultado desse programa de submissão a Metrópole, não é mesmo?

A ideia é andar para trás.

Depois de servir, com altos e baixos, ao desenvolvimento do país, pretende-se empregar a estrutura gigantesca da Petrobras para alimentar o atraso e a pobreza, em benefício dos 0,1% que manipulam a riqueza do planeta.

É uma visão tão minoritária, do ponto de vista do Brasil e da democracia, que Temer emprega força militar para defendê-la.

Não há diálogo nem argumento civilizado que convença. Alguma surpresa?

A pressa de Parente, inclusive para acelerar a privatização de grandes refinarias é uma tentativa óbvia de escapar das incertezas inevitáveis do calendário eleitoral para garantir uma medida que representa nova ameaça ao futuro do país.

De seu ponto de vista, nenhum parafuso pode ficar fora do lugar.

Até por isso mesmo, a resistência, mais do que nunca, é necessária. A saída de Parente é urgente.

(Nesta segunda-feira, a partir das 16 horas, Luiz Gonzaga Belluzzo dará entrevista a TV 247).

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Comentários

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Sebastião Farias

28/05/2018 - 22h36

Meus caros patrícios e conterrâneos, é com muita indignação, como cidadão brasileiro em nossos 67 anos de cidadania brasileira, que vemos mais uma vez a nação brasileira definhar e assistir calada e humilhada, a todos os tipos de afronta moral e ética, desrespeito à Constituição Federal e aos direitos das pessoas, grassarem e pior, serem praticados pelos Poderes da República e suas instituições, a quem foi outorgados Poder popular ou nomeados nos termos da CF, para , exatamente, impedirem isso, o caos social e político, do país.
Complementarmente, caberia a eles, sim, valorizarem e defenderem o estado de direito, a democracia, a governabilidade responsável e comprometida com o bem-estar comum e a proteção do cidadão, além de promoverem a paz social da nação e, fazerem justiça imparcial para todos, defenderem o Patrimônio Público, a Defesa, a Segurança e a Soberania Nacionais e, o que vemos? O que temos? O que somos? Onde vamos chegar, sem protagonismo do povo?
Também nos incomoda, à luz de todos esses acontecimentos, quando lembramos da grande contribuição dada pelos estudantes brasileiros, como mostram suas memórias de vida organizada, nos respectivos sites (http://www.une.org.br/memoria/ e http://ubes.org.br/memoria/historia/ ), à redemocratização do Brasil e, agora? Onde estão a juventude e os estudantes brasileiros que não opinam? Que não falam ou se manifestam unidos, de forma racional e responsável, sobre o que está acontecendo com o Brasil? É esse o Brasil dos vossos sonhos, no presente e das gerações futuras?, é esse o Brasil que querem para vós e para os Brasileiros?, É esse país que querem para seus pais, para seus familiares, parentes, amigos e, para seus filhos e netos?
Então, chegou a hora dos Debates e Reformas protagonizadas pelo dono legítimo do Poder, O Povo Brasileiro, sobre alguns pontos essenciais para refundar sua estrutura, em benefício do povo.

i) Estabelecimento de Uma Assembleia Nacional Constituinte e Governativa de coalisão das forças democráticas de boa vontade, legitimada pelo Povo e, compromissada em realizar e assegurar, respeitando a Constituição Federal e, de conformidade com a vontade soberana do povo, a paz social, a justiça imparcial para todos os cidadãos e a governabilidade responsável e ética;
ii) Aceitar a renúncia do atual governo e instalar, em nome e por vontade soberana do povo, um Governo Pacificador e de Unidade Nacional para manter o país funcionado;
iii) Promover imediata intervenção na Petrobras e normalizar o abastecimento e rediscutir com a nação, uma nova escala de preços justos para a produção e para os consumidores, com foco no interesse nacional;
iv) Promover e defender a democracia e o estado de direito e, assegurar a realização de eleições diretas já, em 06 meses;
v) Reforma sim e já! da Estrutura Institucional Atual do Estado Brasileiro corrompida, para uma Nova Estrutura Institucional Ética do Estado Brasileiro isenta de Privilégios em todos os Poderes;
vi) Uma Reforma Política e Partidária do Brasil, discutida e legitimada pelo povo;
vii) Uma Reforma Ampla e Democrática do Poder Judiciário Brasileiro, sem corporativismo e privilégios;
viii) Uma urgente Reforma Tributária Justa, que por ordem, priorize a tributação das grandes fortunas; lucros dos bancos e de investimentos improdutivos (rentismo); heranças; consumo ( diminuindo a carga tributária de quem produz, que gera empregos e renda para o país e, dos assalariados); serviços, etc;
ix) Programa de Renegociação de dívidas dos Micros, Pequenos e Médios Produtores e Empresários, rurais e urbanos, que permitam essas categorias continuar funcionando, produzindo riquezas e gerando empregos;
x) Cobrança imediata e renegociação ágil, quando for o caso, das dívidas dos sonegadores do Tesouro e/ou da Previdência e também, implementação de Uma Reforma global da Previdência com participação da sociedade, que seja justa e honesta para os contribuintes, que tenha como objetivo, assegurar com os recursos arrecadados, a autossuficiência do Sistema Previdenciário e liquidez dos pagamentos de benefícios de aposentadorias, de seguridade e assistência social e de saúde dos segurados, etc;
xi) Que fique definitivamente, proibido, a utilização ou transferência dos recursos da Previdência, por quem quer que seja, para fontes estranhas á Atividade Previdenciária Nacional;
xii) Um Reforma Trabalhista Justa, discutida, debatida e legitimada pelo povo, que reconheça e valorize, esses que são os verdadeiros construtores da nação e, que seja assegurados conforme a CF, os seus direitos trabalhistas integrais e a proteção contra o desemprego;
É isso, caros jovens e estudantes brasileiros, despertem para as ruas e para as praças que, como de todo o povo brasileiro, são os seus púlpitos pela Cidadania, pela defesa do Estado de Direito e Pela defesa da Democracia de nossa Pátria e, cantem bem alto e sem medo, o Refrão da sua canção:
“São os estudantes a energia,
que farão desta nação,
A bomba que o mundo ouvirá,
Num brado de libertação”.
São essas, as nossas singelas sugestões e contribuição, à correção desses desvios de comportamentos sucessivos e de falta de ética, de patriotismo e de respeito à Constituição Federal do país e ao povo brasileiro, por quem foram eleitos e/ou nomeados nos termos da CF, para exatamente, promoverem a paz social, a justiça imparcial para todos, igualmente e, promoverem o bem-comum para a nação e seu povo. Melhorem e aperfeiçoem essas sugestões e discuta com seus amigos e parentes.
Quebrem a inércia e abaixo o comodismo, o Brasil precisa de vocês. VIVA O BRASIL LIVRE DO ENTREGUISMO, INDEPENDENTE E SOBERANO.

Sebastião Farias
Um cidadão brasileiro e nordestinamazônida

claudio

28/05/2018 - 13h29

Que tal fazermos como a Globo que publica diariamente o “que Brasil voce deseja”, e incentivarmos o caminhoneiro a escrever frases que gostariam para o Brasil, nos para-choques. Seria legal. Por exemplo: “Temer dirija este caminhão que eu dirijo o País” e vai por aí afora. Desculpe-me, foi mal o Temer dirigir um caminhão? nem pensar. Não, Não. (seria irônico senão estivéssemos vivendo momentos trágicos e dias difíceis).

Lucas Prado

28/05/2018 - 08h38

CEO meia boca. O que adianta ter descoberto reservas gigantescas de petróleo se o CEO quer exportar o óleo cru e importar derivados que custam bem mais caros. Sendo derivados do mesmo barril de petróleo cru que exportou. PQ não refina aqui o óleo cru ?
A conta não fecha. Quanto custa o barril de petróleo cru vendido para o EUA ? quanto custa esse mesmo barril de petróleo cru refinado importado para e pelo o Brasil ?
Refino é o que da mais lucro.

Rivvelino

27/05/2018 - 23h57

E o resto dos que derrubaram o país, também? Ei-los:
Fyllózopha por.ra-louca? rsrs Quer dar uma de “moderninha”…
#
Apóia traíras e mafiosos como:
a Baranga-de-Belô dilma;
o hiper apedeuta picareta o capo lula;
o atual “escondidinho” e super mafioso Rui Falcão; a tosca Gleisi Hoffmann;
o super barangão (criou projeto contra Uber) o paulista Carlos-Cara-de-Otário-Zarattini;
o truculento Wadih Damous;
o grotão Jorge Viana;
a bregona fylózopha Márcia-Fanática-Tiburi;
o bode Humberto Costa; o disfarçado de PMDB Roberto Requião (petista puro, de carteirinha);
o fingido a doce e dissimulado a suave Paim;
a feminista histérica Maria do Rosário;
o falso Lindbergh Farinha;
o Por.ralouca-de-Sampa cujo nome é Haddad;
a Nojenta-Grosseira-Professora-Petista-Cagona-da-Paulista [professora];
-#
o bregaço Pilantrel Governo de Minas.

Vitor Sorenzi

27/05/2018 - 22h59

Entretanto, o governo divulga a todos os pulmoes, que nos 2 ultimos anos a Petrobrás se recuperou (nao sei de que) e ninguém contrapõe essas informaçoes de modo correto.

S. Magalhães

27/05/2018 - 19h01

Ambulâncias sem combustível, hospitais desabastecidos.
A direita brasileira e aliados colocam em risco a vida de milhões de brasileiros para doar o patrimonio público a interesses estrangeiros e interesses privados. Já há relatos de saques nos comércios. O golpe de estado que continua a maltratar o pais e a população poderia muito bem ter sido prevenido se aqueles que deveriam prevení-lo não fossem sócios do consórcio golpista. CANALHAS CANALHAS CANALHAS

hocuspocus

27/05/2018 - 19h01

Um traidor abjeto como Parente ainda estar solto,explica o grau de alienação em que este país se encontra.

    Adalberto

    27/05/2018 - 20h49

    O pior não é isso. O pior é você entrar em sessão de comentários de certos sites (“Poder Naval”, por exemplo) e ler gente defendendo de forma entusiasmada a política de preços da PETROBRAS, usando justificativas liberais de padaria tipo aquela que sai mais barato compra o diesel lá fora ou que o nosso óleo é “ruim” ou ‘grosso”, etc., que o imbecil ouviu na Globo News, de seu professor do Insper ou leu na Veja.

      Anderson

      28/05/2018 - 09h51

      Exatamente!!

      Outro problema fundamental, é não ter oposição capaz de denunciar e abrir investigação pelo roubo que implica esta politica! Quando a Petrobras comprou Passadena, cairam matando em cima da Dilma, queriam responsabiliza-la, sendo que estrategicamente era vantajoso na epoca, um especialista do petroleo ainda foi na globo news e defendeu a compra e alegou que seria vantajoso para o Brasil futuramente. Mas a nova politica de preços e a entrega de patrimonios da empresa, esta evidente que provoca prejuizos tanto a empresa quanto ao Brasil, o minimo q se espera era um pedido de CPI, investigaçoes e que o Temer fosse resposabilizado.


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