Bolsonaro defende versão da ditadura sobre morte de Vladimir Herzog

Tenho aconselhado aos internautas a assistirem às entrevistas de Jair Bolsonaro, para entenderem o candidato, analisarem seus pontos fracos, e fazerem o bom combate político.

Eu tenho a convicção de que ele é o principal adversário a ser batido. Todas as pesquisas o mostram em primeiro lugar.

Se o opositor de Bolsonaro no segundo turno será o “candidato do PT” ou Ciro Gomes, isso não importa tanto neste exato momento, porque é evidente que a esquerda, os verdadeiros liberais e os genuínos democratas ficarão juntos contra o capitão da reserva.

Abaixo, a entrevista de Bolsonaro à Mariana Godoy.

No Jornal GGN

“Suicídio acontece, pessoal pratica suicídio”, diz Bolsonaro sobre Herzog
SAB, 07/07/2018 – 08:22

Jornal GGN – O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) disse em entrevista à Marina Godoy, na RedeTV!, que lamenta a morte do jornalista Vladimir Herzog durante a Ditadura Militar, mas “não estava lá” para saber se foi suicídio ou assassinato.

“Lamento a morte dele, em que circunstância, se foi suicídio ou morreu torturado. Suicídio acontece, pessoal pratica suicídio”, afirmou. “Alguns inocentes acabaram tendo um fim que não mereciam, no meu entender. O caso do Vladimir Herzog, muitos falam que ele praticou o suicídio”, disse o candidato a presidente da República.

Quando pressionado a reconhecer que o jornalista foi assassinado, Bolsonaro disse que “essa é uma história que passou”. Ele também exaltou que, na época pós golpe de 1964, nós tínhamos “liberdade de ir e vir”, tentando encontrar pontos positivos no regime de opressão.

A fala de Bolsonaro acontece na mesma semana em que a Corte Interamericana de Direitos Humanos condenou o Brasil a reconhecer o atentado e investigar as causas da morte do jornalista. A sentença trouxe de volta à baila um debate sobre a revisão da Lei da Anistia, para que os criminosos da Ditadura em nome do Estado sejam processados e punidos.

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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