Sanders pode livrar os EUA e o mundo de Trump

Ao longo dos últimos anos convivendo com Donald Trump, o mundo passou ainda mais, saber valorizar o senador por Vermont ,Bernie Sanders. Diante das perdas contínuas e crescentes com o republicano, se torna urgente premissas inovadoras vindas do alto de seus 77 anos.

Bernie Sanders não mudou. Ainda bem que não! Mas desta vez as coisas são diferentes. Em 2016 injetou altas doses de energia e entusiasmo entre os mais progressistas americanos, mas não conseguiu derrotar o aparelho democrata de Hillary Clinton que manipulou a burocracia do partido e seria mais do mesmo, algo que não precisamos.

O velho e bom Sanders escolheu o seu “Brooklyn”, em uma manhã fria e nevada no campus da universidade pública de Nova York, onde estudou um ano de ciência política em 1959 antes de se mudar para Chicago, para começar a caminhada até a Casa Branca

Sendo reconhecido mundialmente pelo campo democrático e progressista, dificilmente Sanders terá de abdicar da luta e obrigação de vencer um dos piores e mais ameaçadores presidentes Republicanos da história. Sanders é por agora o favorito em um grande campo de candidatos democratas que ainda vão crescer. E desta vez o dispositivo encontra um candidato mais determinado e preparado, baseado em uma campanha já presente nos 50 estados, a capacidade de levantar milhões em pequenas doações intactas e energizar os jovens.

O senador no seu primeiro discurso não teve dúvida e reivindicou a bandeira do “socialismo democrático”, reiterou suas linhas e propostas políticas do compromisso para a faculdade e o ensino universitário livre bem como gratuito, a luta contra a desigualdade econômica e as mudanças climáticas. Antenado com as atrocidades de Trump, uma reforma da imigração que não perca a perspectiva humana e a reforma da justiça criminal.

Sanders se mostrou preparado para acentuar contra seus pontos fracos e alguns exitantes. Decidido avançar nos votos dos afrodescendentes, o parlamentar definiu abandonar a sua relutância em colocar o foco em sua própria história pessoal. Tem usado sua biografia, que é honrada e de lutas, como filho de um imigrante polonês com parentes mortos no holocausto que fugiu pobreza e anti-semitismo. Somado a isto, ser um exímio membro de uma família da classe trabalhadora. O contra ponto com o de outro nova-iorquino residente da Casa Branca é evidente, e a estratégia é aclarar este contraditório.

Apresentando o comício no “Brooklyn College” um de seus parceiro era um pastor negro, outro o ativista Shaun Rei, e por fim a ex-senadora de Ohio Nina Turner, uma das duas mulheres listados como co-presidentes da campanha.

Assistir Sanders é alentador, inspirante, é voltar acreditar no mundo e perceber que os Estados Unidos não estão aqui apenas para dominá-lo e provavelmente destruí-lo. É arriscado ficar do lado dos pobres e da classe trabalhadora, ainda mais em países desenvolvidos, que organizam o topo da pirâmide financista, mas Sanders tem esta coragem e precisamos dela.

Os Democratas como Alexandria Ocasio-Cortez, Elizabeth Warren e Ilhan Omar, dentre outros, parecem estar a altura das ideias de Bernie Sanders. Cabe se afastar do poder do dinheiro e do sistema de corrupção, principal fonte de Hillary Clinton para golpeá-lo em 2016 com ajuda dos burocratas do partido.

Os estadunidenses precisam de Sanders, ou pelo menos de suas ideias na Casa Branca, para os moradores do planeta é uma questão de sobrevivência.

Tulio Ribeiro: Túlio Ribeiro é graduado em Ciências econômicas pela UFBA,pós graduado em História Contemporânea pela IUPERJ,Mestre em História Social pela USS-RJ e doutorando em ¨Ciências para Desarrollo Estrategico¨ pela UBV de Caracas -Venezuela
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