Por que Carmen Lúcia ganhou medalha da Legião de Honra da França?

Portal do STF

Para registro histórico, publico a informação abaixo.

Eu acho estranho isso. Medalha da Legião de Honra, principal honraria do Estado francês, para um membro do poder judiciário do Brasil?

Isso me parece bastante emblemático sobre o avanço da coordenação internacional do poder judiciário, em especial no Ocidente.

É uma maneira velada e inteligente de tutelar outros países. Na medida em que uma ministra como Carmen Lúcia ganha uma honraria desse tipo, é como se ela estivesse sendo premiada por todos os seus atos, e como o STF hoje se tornou uma das instituições mais poderosas do país, outros Estados, que tem grandes interesses econômicos no Brasil, promovem esse tipo de bajulação.

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No portal do STF

Ministra Cármen Lúcia recebe a insígnia de Oficial da Ordem da Legião de Honra da França

A honraria, criada pelo imperador Napoleão Bonaparte em 1802, é a mais alta distinção concedida pelo país e foi entregue pelo general Benoît Puga, ex-chefe do Estado-Maior do Presidente da França.

21/03/2019 12h45

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu, na noite de ontem (20), a insígnia de Oficial da Ordem da Legião de Honra da República Francesa. A honraria, criada pelo imperador Napoleão Bonaparte em 1802, é a mais alta distinção concedida pelo país e foi entregue pelo general Benoît Puga, ex-chefe do Estado-Maior do Presidente da França. A solenidade ocorreu na Embaixada da França e contou com a presença de ministros do Supremo e de tribunais superiores, além de outras personalidades do meio jurídico.

Em seu discurso, a ministra Cármen Lúcia agradeceu o reconhecimento e disse que os princípios da Revolução Francesa (liberdade, igualdade e fraternidade) sempre a motivaram. “No atual momento do país, o compromisso com o outro e a defesa dos direitos conquistados requerem ainda mais atenção”, afirmou.

O general Benoît Puga destacou a trajetória da ministra, que atuou como advogada, no Ministério Público, chegando a procuradora-geral de Minas Gerais. “É uma carreira excepcional. O seu conhecimento do Direito Francês e o trabalho de combate à corrupção fazem a ministra Cármen Lúcia ser admirada por magistrados brasileiros e franceses”, apontou, ressaltando ainda que ela é uma “apaixonada” pela justiça e pelo Direito, além de ser uma militante em prol da democracia e da defesa dos direitos das mulheres.

O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, disse que a condecoração é uma honra para o Brasil e o Poder Judiciário, que defende a democracia, as liberdades e a imprensa livre. O ministro Roberto Barroso frisou que a ministra é uma “pessoa exemplar na sua dedicação ao trabalho, na sua integridade e nos seus compromissos com o Brasil”.

O ministro Alexandre de Moraes assinalou que a ministra Cármen Lúcia, nos dois anos que foi presidente do STF (2016-2018), representou a excelência do Judiciário brasileiro. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, declarou que a ministra se destaca pela temperança, sobriedade e profundo saber jurídico, mas também como magistrada muito sensível aos principais problemas do Brasil.

RP/RR

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