CINE FOLHETIM FÊNIX #06

Queridos parceiros e espectadores,

 

Tchau, março! Foi um prazer acompanhar suas águas fechando o verão. Mas espera um instante, porque ainda temos umas surpresinhas para apresentar nessa última newsletter do mês! Lembra que prometemos o preparo do clássico Martini de James Bond? Está aqui, bem como a celebração dos 30 anos de RAIN MAN e a comemoração de duas diretoras maravilhosas assumindo posses importantes para o mundo do cinema: Laís Bodanzky e Nadine Labaki. Além disso, contamos em segredo (não espalhem!) como surgiram os trailers de cinema. E, por fim, com muito orgulho e felicidade, anunciamos que: EM MAIO LANÇAREMOS O NOVO FILME DO VENCEDOR DO OSCAR JUAN JOSÉ CAMPANELLA!!! Cá estão também um texto especialíssimo honrando a saga do grande cineasta baiano Edgard Navarro. Ao terminar de ler a newsletter, aí sim será a hora de dar adeus a março!

 

Abraço e bons filmes,

 

Fênix.

 

Fênix lançará novo filme de Juan José Campanella

Em maio de 2019, a Fênix Filmes trará para os cinemas brasileiros o novo longa-metragem do diretor argentino Juan José Campanella. Depois de vencer o Oscar em 2010 por O SEGREDO DOS SEUS OLHOS e de ser indicado em 2002 por O FILHO DA NOIVA, o cineasta apresenta sua nova obra, EL CUENTO DE LAS COMADREJAS (ainda sem título nacional). A trama conta a história de uma bela estrela da época de ouro do cinema, um ator no fim da sua vida, um roteirista frustrado e um diretor que fazem o impossível para conservar o mundo que criaram em uma antiga mansão diante da chegada de dois jovens que apresentam uma ameaça que podem colocar todos em perigo. No elenco, estão artistas consagrados como Graciela Borges, Oscar Martínez, Luis Brandoni e Marcos Mundstock.

 

Edgard Navarro n’O Cafezinho

O texto da coluna semanal da Fênix n’O Cafezinho chega para homenagear o polêmico e excêntrico cineasta baiano Edgard Navarro. Em maio, a Fênix lança seu novo filme, ABAIXO A GRAVIDADE, mas que tal aproveitar esse finzinho de março para conhecer um pouco mais sobre sua jornada no cinema que já dura 42 anos? O link está logo abaixo:

https://www.ocafezinho.com/2019/03/28/edgard-navarro-o-poeta-do-cinema-baiano/

 

Laís Bodanzky assume presidência da Spcine

A cineasta paulistana Laís Bodanzky, diretora de BICHO DE SETE CABEÇAS, CHEGA DE SAUDADE, AS MELHORES COISAS DO MUNDO e COMO NOSSOS PAIS, assumiu nessa semana a Spcine, empresa municipal de fomento ao audiovisual de São Paulo. Criada em 2015, a entidade atua na produção e distribuição de filmes, na promoção da cidade como locação para gravações e na manutenção do circuito com 20 salas de cinemas e de centros culturais. À frente da Spcine, a cineasta afirma que suas prioridades serão ampliar esse circuito, aprimorar o catálogo da plataforma de streaming Spcine Play e incentivar o uso da capital paulista como um dos principais cenários para o audiovisual na América Latina. Segundo Bodanzky à Folha, “São Paulo produz bastante e cada vez mais. Cerca de 30% das produtoras [de cinema] do Brasil estão aqui. O Rio de Janeiro é um polo importante, mas São Paulo está numa linha ascendente. Claro que o momento do audiovisual é delicado, mas para isso temos que fomentar o encontro do público com o privado, fazer parcerias”.

 

Nadine Labaki presidirá mostra no Festival de Cannes

A cineasta libanesa Nadine Labaki retorna ao Festival de Cannes em 2019 depois de vencer três prêmios importantes no ano passado por CAFARNAUM. Agora, ela volta como presidente do júri da mostra paralela Um Certain Regard, que premia o diretor do filme vencedor com 30 mil euros e conta com 20 longas participando da seleção. Na última edição, quem ganhou foi a coprodução luso-brasileira CHUVA É CANTORIA NA ALDEIA DOS MORTOS, de João Salaviza e Renée Nader Messora. A Fênix espera que Nadine tenha a força de lutar pela representatividade feminina na premiação, principalmente depois de ano cheio de filmes fortes dirigidos por mulheres como foi 2018, tais quais LAZZARO FELICE, de Alice Rohrwacher, e CAFARNAUM, da própria Nadine Labaki.

 

Você sabe quando surgiram os trailers de cinema?

Mesmo havendo algumas controvérsias, estudiosos afirmam que o primeiro trailer de um filme foi exibido em 1912. Antes disso, as películas eram tratadas e lançadas imediatamente, mas nesse ano específico, em um parque de diversões de Nova York, uma espécie de tela foi montada e ali foi mostrado o vídeo AS AVENTURAS DE KATHLYN, que acabava com a protagonista sendo jogada na cova dos leões e letreiros aparecendo na tela dizendo “Ela escapará do poço do leão? Veja o capítulo emocionante na próxima semana!”. Com essa chamada, os estúdios começaram a cogitar chamar essas pequenas prévias de trailers para designar anúncios reproduzidos após o filme. Sim, os primeiros trailers eram apresentados só no final das exibições e eram bem básicos, com apenas pedaços de filmes sendo sobrepostos ao texto. Isso só até 1919, com a criação da National Screen Service, companhia que iria monopolizar a produção e distribuição de trailers pelas décadas seguintes. Os anos 30 e 40 traziam vídeos bem apelativos, com títulos imensos, narrações convocando o público a não perder o filme e identificação das estrelas do filme. Na década de 60 vieram mais algumas experimentações para o fazer cinematográfico seguindo padrões europeus, tendo o nome dos diretores e citações de premiações e críticos em destaque; inclusive Hitchcock e Kubrick ousaram bastante nessa época, dando seus toques pessoais aos trailers. Com os blockbusters dos anos 70, veio o investimento legítimo em estratégias de marketing nunca antes visto, principalmente para a estreia de TUBARÃO em 1975. Tudo mudou em 80, com o modelo que se segue até hoje; após o surgimento da MTV, que trazia um estilo de corte próprio, bem rápido e dinâmico, a narrativa audiovisual dos trailers se transformou. Hoje, esses vídeos são encarados como um grande negócio, movimentando de 40 mil a 100 mil dólares em sua produção, e servindo cada vez mais para cativar os espectadores que não tenham, até assisti-los, envolvimento prévio com o filme.

 

30 anos de RAIN MAN

Em 28 de março de 1989, entrava em cartaz esse clássico dos dramas que fechou os anos 80 com dignidade vencendo 4 Oscars, sendo eles de Melhor Filme, Melhor Ator para Dustin Hoffman, Melhor Direção para Barry Levinson e Melhor Roteiro Original. Essa obra cinematográfica marcou esse ano com uma altíssima qualidade de escrita e atuações primorosas, principalmente de Tom Cruise, vivendo um playboy arrogante que precisa cuidar de seu meio irmão autista para poder colocar as mãos no testamento de seu falecido pai. Ambos pegam a estrada através da América e, ao irem se conhecendo, percebem que é possível existir uma relação afetiva entre eles. É lindo de ver nesse filme a transformação do personagem de Tom Cruise, que acaba sendo afetado pela condição do irmão e se sente mais empático com o tempo, como também a atuação de Dustin Hoffman, uma das mais soberbas que o cinema pode oferecer, com um cuidado imenso ao retratar o autismo.

 

Martini de 007

“Batido, não mexido”. Quem já assistiu a qualquer um dos 24 filmes de James Bond sabe o que essa frase significa. O agente secreto mais conhecido do cinema sempre pedia esse drink quando chegava em qualquer bar, o que significa sacudir sua bebida com gelo na coqueteleira ao invés de misturá-la delicadamente. O que pouco se sabe é que, ao bater esse coquetel, o gelo se quebra em vários pedacinhos e derrete mais rápido, diluindo o drink em excesso e assim não fica tão forte. No caso do James Bond, isso até facilitava para fazer alguma luta depois que pousasse o copo. Para preparar o Martini clássico do 007, é preciso, inicialmente, resfriar a taça de coquetel no freezer e, em um copo grande e cheio de gelo, adicionar 60 ml de gim com 10 ml de vermute branco seco; depois, bater na coqueteleira gelada, repassar para outra taça e adicionar azeitonas ou uma casca torcida de limão. Que tal escolher seus três filmes favoritos da saga para acompanhar enquanto degusta, nesse final de semana, seu Martini batido, não mexido?

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Victor Lages:
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