O mundo sob os EUA

O motivo pelo qual Julian Assange é tão ferozmente perseguido é que ele, por meio do WikiLeaks, divulgou documentos classificados como sigilosos pelo governo dos EUA.

Dentre as revelações estão atrocidades como o assassinato de civis pelo exército americano no Iraque e no Afeganistão e a espionagem de líderes políticos de diversos países, dentre eles Dilma Rousseff, quando era presidente do Brasil.

O responsável por tão graves revelações sobre o país mais poderoso do planeta seria considerado um herói pelo mundo democrático, caso democrático não fosse apenas uma palavra usada para esconder a submissão da absoluta maioria dos Estados nacionais ao Grande Irmão do Norte.

O demo de democracia não signfica povo, mas sim Estados Unidos da América – o que em português até faz algum sentido.

Intimidados pelo poderio bélico e econômico americano, os países, com algumas exceções, costumam subjugar seus interesses aos do Tio Sam – oi, Bolsonaro – ou, no máximo, esboçar tímidos enfrentamentos.

É como se o moleque mais forte e rico do colégio submetesse a classe inteira aos seus desígnios por meio de pesado bullying.

O mundo caminha resolutamente para o colapso muito por conta da sanha por lucro dos EUA, que provoca insustentáveis desigualdades econômicas e sociais entre os países e destrói o meio ambiente.

O resto das crianças, em vez de unir-se para desbancar o bullie, apenas luta por sua própria sobrevivência. E olhe lá.

Pedro Breier: Pedro Breier nasceu no Rio Grande do Sul e hoje vive em São Paulo. É formado em direito e escreve sobre política n'O Cafezinho desde 2016.
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