Bolsonaro é recebido com protestos no Rio

Aos poucos, a população vai se organizando contra os desmandos do governo. Primeiramente, por pautas específicas, que afetam diretamente as famílias. Esta é sempre a primeira etapa. Em breve, terá início a segunda etapa, das lutas organizadas por pautas maiores. E aí começará, de fato, a derrocada do governo de Jair Bolsonaro.

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No O Dia

Grupo protesta contra corte na Educação durante visita de Bolsonaro ao Colégio Militar

Presidente Jair Bolsonaro participa de solenidade que marca 130 anos do Colégio Militar, na Tijuca, nesta segunda-feira. Enquanto elogiava instituição, do lado de fora ato conta com alunos, pais e professores de instituições federais afetadas por cortes na Educação

Por RAFAEL NASCIMENTO

Publicado às 09h26 de 06/05/2019 – Atualizado às 09h59 de 06/05/2019

Rio – Manifestantes protestam contra o corte de verbas de instituições federais durante a visita do presidente Jair Bolsonaro ao Colégio Militar na Tijuca, na Zona Norte do Rio, na manhã desta segunda-feira. O ato conta com alunos, pais e professores dos colégios Pedro II (CPII), Instituto Federal de Ciência e Tecnologia (IFRJ), Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ), Fundação Osório e o Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Cap-UFRJ).

O presidente participa de solenidade que marca 130 anos do Colégio Militar, na Tijuca. Além dele, estão presentes o governador do Rio, Wilson Witzel, e o prefeito da cidade, Marcelo Crivella. Mesmo com o som alto do evento no colégio, é possível ouvir os manifestantes que protestavam contra Bolsonaro em frente ao Colégio Pedro II, na calçada oposta ao da unidade escolar militar. O protesto critica o corte de 30% da verba das universidades e institutos federais, anunciado na semana passada pelo Ministério da Educação (MEC).

Grupo protesta em frente ao Colégio Militar, onde Bolsonaro participa de cerimônia de 130 anos da instituição. Manifestação é contra o corte de verbas em instituições federais – WhatsApp O DIA (98762-8248)
Na cerimônia, Bolsonaro chegou a levantar uma criança, quando apareceu a cicatriz provocada pela facada e intervenções cirúrgicas que realizou após o atentado.O presidente depositou flores no túmulo do fundador do Colégio Militar, Tomás Coelho.

Enquanto o protesto critica o corte de verbas das instituições federais, que já enfrentam problemas e podem parar, Bolsonaro elogiava o Colégio Militar.

“Os colégios Militares são exemplo de ensino e excelência para a educação brasileira. Queremos mais crianças e jovens estudando nesses bancos escolares. Respeito, disciplina e amor à pátria são fundamentos importantes desses colégios. As escolas militares honram todos os brasileiros, destacando-se nas avaliações de educação básica., algumas liderando o ranking nos estados”, falou. O presidente também disse que pretende implantar um Colégio Militar em cada capital do país e que será construída no Campo de Marte, em São Paulo, ” o maior Colégio Militar do Brasil.”

“Precisamos promover uma educação que prepare nossos jovens para desafios da quarta revolução industrial. Queremos que nosso país ocupe o lugar que merece no mundo, é o que desejo para todos vocês. Dessa forma mudaremos o destino do Brasil. Nós confiamos em vocês, o Brasil confia em vocês”, encerrou, citando também seu slogan durante a campanha.

De acordo com o Centro de Operações Rio (COR), a Rua São Francisco Xavier tem uma faixa interditada em frente ao Colégio Militar. Com o bloqueio, há grandes retenções na Rua São Francisco Xavier desde a Marechal Rondon; na Rua Barão de Mesquita; e na Rua General Canabarro e na Avenida Maracanã.

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