Dívida bruta atinge 79% do PIB em maio

Hoje o Banco Central publicou o resultado fiscal do setor público. Separei a nota do BC e alguns gráficos. Acrescentei um gráfico do blog Poder 360 também.

  

No site do Banco Central

Estatísticas fiscais
1. Resultados fiscais

O setor público consolidado registrou déficit primário de R$13,0 bilhões em maio, comparativamente a déficit de R$8,2 bilhões no mesmo mês do ano anterior. No Governo Central e nas empresas estatais houve déficits de R$13,2 bilhões e de R$1,1 bilhão, respectivamente, e nos governos regionais, superávit de R$1,2 bilhão.

Os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, alcançaram R$34,5 bilhões em maio, comparativamente a R$39,7 bilhões no mesmo mês de 2018. Contribuiu para essa redução o resultado menos desfavorável das operações de swap cambial em maio de 2019 (perda de R$1,6 bilhão) ante maio de 2018 (perda de R$6,9 bilhões). No acumulado em 12 meses, os juros nominais atingiram R$384,4 bilhões (5,52% do PIB), ante R$384,3 bilhões (5,78% do PIB) no período equivalente encerrado em maio do ano anterior.

O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$47,6 bilhões em maio. No acumulado em 12 meses, o déficit nominal alcançou R$484,7 bilhões (6,96% do PIB), reduzindo-se 0,04 p.p. do PIB em relação ao déficit acumulado nos 12 meses terminados em abril de 2019.

2. Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) e Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG)

A DLSP alcançou R$3.811,6 bilhões em maio, 54,7% do PIB, elevando-se 0,3 p.p. em relação ao mês anterior. Esse resultado refletiu, sobretudo, a incorporação de juros nominais (aumento de 0,5 p.p.), o déficit primário (aumento de 0,2 p.p.), o ajuste de paridade da cesta de moedas que integram a dívida externa líquida (redução de 0,1 p.p.) e o crescimento do PIB nominal (redução de 0,3 p.p.). No ano, a relação DLSP/PIB aumentou 0,6 p.p., influenciada pela incorporação de juros nominais (aumento de 2,4 p.p.), pelo superávit primário (redução de 0,1 p.p.), pelo efeito da desvalorização cambial de 1,7% acumulada no ano (redução de 0,3 p.p.), pelo ajuste de paridade da cesta de moedas que integram a dívida externa líquida (redução de 0,3 p.p.) e pelo crescimento do PIB nominal (redução de 1,1 p.p.).

A DBGG – que compreende o Governo Federal, o INSS e os governos estaduais e municipais – alcançou R$5.480,6 bilhões em maio, equivalente a 78,7% do PIB, 0,4 p.p. abaixo do percentual registrado em abril. Contribuíram para essa evolução os resgates líquidos de dívida do governo geral (redução de 0,5 p.p.), a incorporação de juros nominais (aumento de 0,5 p.p.) e o crescimento do PIB nominal (redução de 0,4 p.p.). No ano, houve crescimento de 1,5 p.p. na relação DBGG/PIB, decorrente, em especial, da incorporação de juros (aumento de 2,6 p.p.), de emissões líquidas de dívida do governo geral (aumento de 0,3 p.p.) e do crescimento do PIB nominal (redução de 1,5 p.p.).

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