Bolsonaro assina medida para asfixiar imprensa escrita

Bolsonaro sequer tentou esconder. Em discurso em Itapura, onde foi participar de uma inauguração, o presidente afirmou que a medida provisória que desobriga a publicação de balanços de empresas em jornais impressos é uma “retribuição” a tratamento da imprensa.

“No dia de ontem eu retribuí parte daquilo que grande parte da mídia me atacou”, ironizou o presidente.

Parte importante da receita de jornais impressos vem desses balanços. As empresas tinham obrigação, por lei, de publicá-los em jornais de grande circulação.

A partir de agora, as empresas poderão divulgar seus balanços na internet, a custo zero.

“[Eu foi eleito] sem televisão, sem tempo de partido, sem recursos, com quase toda a mídia o tempo todo esculachando a gente. (Chamavam de) Racista, fascista e seja lá o que for. No dia de ontem eu retribuí parte daquilo que grande parte da mídia me atacou”, declarou o presidente.

A imprensa escrita já vive um momento financeiro muito delicado, em função da mudança de hábitos dos leitores, sobretudo dos mais jovens. Muito menos gente hoje compra ou assina jornais impressos.

A iniciativa de Bolsonaro pode levar ao fim de alguns jornais impressos que ainda resistiam.

Redação:
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