O plano de Guedes para “transformar o Estado”

Para os interessados em conhecer a versão do Ministério da Economia sobre o que significará o “pacto federativo”, segue texto, vídeo e apresentação divulgados no site oficial da pasta.

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No ministério da Economia

Guedes anuncia pacto federativo e ressalta importância das medidas para futuras gerações

Objetivo é assegurar fundamentos fiscais sólidos para a República e dar mais autonomia aos estados e aos municípios

por publicado: 05/11/2019 20h32
última modificação: 06/11/2019 15h01

O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou, nesta terça-feira (5/11), o Plano mais Brasil – Transformação do Estado. O plano engloba três Propostas de Emenda à Constituição (PEC) apresentadas pelo Senado Federal: Pacto Federativo, Desvinculação dos Fundos e Emergencial.

“O objetivo é assegurar fundamentos sólidos fiscais para a República brasileira. É uma ampla agenda que está sendo elaborada ao longo de dez meses, cujo impacto será garantir responsabilidade para futuras gerações. Trata-se uma proposta para a transformação do estado brasileiro”, disse o ministro durante entrevista coletiva à imprensa.

Ao apresentar os pilares da nova agenda econômica, Guedes avaliou que o Pacto Federativo é um grande acordo político para completar a transição pela qual o Brasil está passando desde os anos 70 e a partir da redemocratização.

“Estamos numa transição lenta. Nós perdemos economicamente porque estendemos os recursos para algumas áreas sem deixar de gastar em outras. Como consequência tivemos juros, inflação, impostos elevados e endividamento público”, explicou.

Pacto Federativo

O Pacto Federativo é uma proposta de novo modelo fiscal da Federação brasileira, que tem por objetivo conferir mais autonomia a estados e municípios na distribuição de recursos e em suas alocações, ampliando também a responsabilidade dos gestores no cuidado com as contas públicas.

Novas regras fiscais

O ministro destacou também a criação do Conselho Fiscal da República, com participação dos presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal de Contas da União (TCU), além de representantes dos governos estaduais e de municípios de todas as regiões do país.

“Todos os poderes que têm capacidade de manter o equilíbrio fiscal estão representados. Precisamos consolidar um novo marco institucional que garanta as finanças da República brasileira”, destacou o ministro. Segundo Guedes, o conselho será capaz de mapear desequilíbrios fiscais e apontar para estados e municípios as ferramentas de ajustes.

As Propostas de Emenda Constitucional preveem a realocação de recursos em áreas específicas, tais como saneamento, saúde, educação, segurança, e demais demandas para melhoria da governança da gestão fiscal da União, dos estados e dos municípios.

O ministro ressaltou que a PEC do Pacto Federativo contém os princípios dos 3Ds: Desobrigar, Desindexar e Desvincular. “O grande desafio do estado é mudar essa máquina para ser eficiente e fraterna”, disse.

Além das três PECs apresentadas hoje pelo Senado, o governo encaminhará ao Congresso Nacional mais duas PECs – a da Reformas Administrativa e a da Reforma Tributária – e um Projeto de Lei, sobre privatização de empresas estatais.

Download do Plano Mais Brasil: Transformação do Estado

Redação:
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