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Colômbia enfrenta nova greve geral nesta quarta-feira

Em 14 dias de protestos, governo e manifestantes não chegam a acordo Publicado em 04/12/2019 – 14:29 Por Marieta Cazarré – Repórter da Agência Brasil Montevidéu Agência Câmara — A Colômbia enfrenta nesta quarta-feira (4) a terceira greve geral em 14 dias de protestos. O governo de Iván Duque tenta um Grande Diálogo Nacional, envolvendo […]

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Em 14 dias de protestos, governo e manifestantes não chegam a acordo

Publicado em 04/12/2019 – 14:29

Por Marieta Cazarré – Repórter da Agência Brasil Montevidéu

Agência Câmara — A Colômbia enfrenta nesta quarta-feira (4) a terceira greve geral em 14 dias de protestos. O governo de Iván Duque tenta um Grande Diálogo Nacional, envolvendo diversos setores da sociedade para solucionar a crise, mas não conseguiu ainda um acordo com os líderes das manifestações.

Os protestos na Colômbia são convocados pelo Comitê Nacional de Paralisações (Comité Nacional del Paro, em espanhol), organização que conta com a participação de sindicatos de trabalhadores e associações de estudantes. Ontem (3), representantes do governo se reuniram com líderes do comitê mas não chegaram a um entendimento.

O comitê exigiu que o governo não convocasse o Esquadrão Móvel Antidistúrbios da Polícia (Esmad) para as manifestações de hoje, além de espaço em rede de televisão nacional para explicar diretamente à população os motivos da convocação da greve geral.

“Exigimos a garantia de que o Esmad não estará presente [nas manifestações de hoje]. Vamos fazer marchas em paz, coloridas, com ar natalino”, afirmou ontem Diógenes Orjuela, presidente da Central Única dos Trabalhadores da Colômbia.

No dia 25 de novembro, um jovem de 18 anos morreu após ter sido atingido por um disparo feito por um membro do Esmad. Dilan Cruz tornou-se símbolo dos protestos no país.

No entanto, o coordenador do Grande Diálogo Nacional, Diego Molano, afirmou ontem que o governo não acataria os pedidos do comitê. “O Governo Nacional não pode dar essas garantias, porque a responsabilidade do governo é a presença e a proteção tanto daqueles que marcham como daqueles que não marcham; e diante da outra petição [espaço em rede nacional de televisão], existe um estatuto da oposição que define quais são os requisitos para fazer apresentações exclusivas na televisão”, disse Molano, ao rejeitar as demandas do comitê.

Apesar da preocupação do governo com a segurança da população, as marchas na Colômbia, até o momento, foram na sua maioria pacíficas.

Amanhã (5), o comitê terá a sua quinta reunião com representantes do governo, para tentar chegar a um acordo e encerrar a onda de manifestações. As duas primeiras conversas foram infrutiferas. O presidente Iván Duque já afirmou que não dialogará “à base de ultimatum e exigências”.

Além de protestar contra o “paquetazo de Duque”, pacote de medidas econômicas propostas pelo governo e que engloba reformas trabalhista, previdenciária e tributária, os manifestantes lutam pela redução das desigualdades no país. Há 15 meses no poder, Iván Duque tem 69% de reprovação.

Edição: Nádia Franco

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Comentários

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Paulo

04/12/2019 - 20h07

Bem, uma coisa pode-se dizer com certeza, em relação a essas manifestações que têm sacudido alguns países da América do Sul: que elas são bastante democráticas, pois se apresentam ora sob a forma de pleitos por mais liberdades democráticas (casos da Bolívia e da Venezuela); ora sob a forma de reivindicações sociais (casos típicos de Chile e Colômbia). Será que a pacificação não está no meio?

chichano goncalvez

04/12/2019 - 16h40

A Colombia começa a se mexer, o Ecuador o Chile já se mexeram, e ai povinho brasileiro, quando chegará a tua hora ? Depois da morte ?


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