Pesquisa XP: 35% ainda culpam governos Lula e Dilma por situação econômica atual, contra 19% que a atribuem a Bolsonaro

Pesquisa XP 20 de Julho: Aprovação de Bolsonaro mantém tendência de alta

A pesquisa é a primeira desde a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 abril, no âmbito do inquérito que investiga se houve tentativa de interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal.

20/07/2020 às 14:18:00

Conteudos XPI — A rodada de julho da pesquisa XP/Ipespe traz uma série de indicadores de melhora na percepção da população sobre o governo Jair Bolsonaro. No principal deles, a aprovação manteve tendência de alta, indo a 30%, dois pontos a mais que em junho, e a reprovação voltou a oscilar negativamente, indo a 45%, três pontos a menos que no mês anterior.

Também manteve tendência de alta a avaliação positiva da atuação do presidente na crise do coronavírus, movimento observado desde maio, além de ter sido registrada melhora na percepção de que a economia está no caminho certo, que passou de 29% para 33%.

Com os movimentos, os indicadores se aproximam dos observados antes da saída do ministro Sergio Moro do governo, que provocou deterioração de indicadores de imagem do presidente.

Foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional, nos dias 13, 14 e 15 de julho. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

A pesquisa é a primeira da série que acontece depois da prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro. Entre os entrevistados, 77% dizem ter conhecimento das investigações e 54% dizem que ela afetará pouco ou nada o governo Bolsonaro.

Em relação à fase “paz e amor” de Bolsonaro, cerca de metade dos entrevistados diz não ver alteração na atuação de Bolsonaro e sustenta que ele está “com o mesmo comportamento de sempre”. Outros 28% dizem que ele está mais tolerante e aberto ao diálogo, enquanto 9% o veem menos tolerante.

Veja na íntegra aqui.

PS Cafezinho: confira abaixo as tabelas estratificadas. Ela mostra que a aprovação de Bolsonaro melhorou essencialmente nas periferias e entre as famílias com renda abaixo de 5 mil, e no Norte e Nordeste.

Sua rejeição nas capitais não se alterou, e está em 56% de ruim e péssimo, assim como entre pessoas com ensino superior e renda acima de 5 mil.

Entre eleitores homens, Bolsonaro tem 36% de ótimo e bom, e 40% de ruim e péssimo; entre mulheres, tem 24% de aprovação e 50% de rejeição.

Outro ponto na pesquisa que ajudou Bolsonaro é que aumentou o percentual de eleitores que culpa “outros fatores” pela situação econömica atual.

Segundo a pesquisa, 25% culpam “outros fatores”, outros 35% culpam Lula e Dilma, e apenas 19% culpam Bolsonaro.

Chama atenção o peso de Lula: 24% culpam seu governo pela situação, contra apenas 11% que culpam a administração de sua sucessora, Dilma Rousseff.

Redação:
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