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Antropóloga supõe que Bolsonaro deve desidratar “memória do lulismo”

Segundo a antropóloga Rosana Pinheiro-Machado, uma estudiosa do bolsonarismo e professora do Departamento de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Bath, no Reino Unido, o avanço de Jair Bolsonaro sobre a área social, com novos programas de transferência de renda, tendem a desidratar “ainda mais a memória do lulismo”. “O lulismo já vinha perdendo […]

7 comentários
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Segundo a antropóloga Rosana Pinheiro-Machado, uma estudiosa do bolsonarismo e professora do Departamento de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Bath, no Reino Unido, o avanço de Jair Bolsonaro sobre a área social, com novos programas de transferência de renda, tendem a desidratar “ainda mais a memória do lulismo”.

“O lulismo já vinha perdendo memória nas camadas mais pobres da população e isso deve se acentuar ainda mais agora”, supõe a professora, referindo-se ao lançamento do plano Renda Brasil e a concessão do auxílio emergencial pelo Governo.

Ela lembra, contudo, que o fenômeno é regionalizado e não pode ser observado de forma homogênea entre todas as periferias do Brasil, como no caso de zonas do nordeste, onde o lulismo é mais forte.

A antrópologa repete à BBC a interpretação geral de que o presidente Jair Bolsonaro passou a ter uma postura mais contida após a prisão de Fabrício Queiroz, investigado por operar um esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Nos últimos meses, a aprovação de Bolsonaro subiu e é a melhor desde o início de mandato, segundo pesquisa do instituto Datafolha.

A rejeição também registrou queda: de 44% falando que o governo é ruim ou péssimo para 34%. No nordeste, a rejeição caiu de 52% para 35%.

Em sua página de Twitter, a professora se defendeu do que chamou de “insultos” devido à repercussão de sua entrevista à BBC.

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Comentários

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Mancini

17/08/2020 - 00h07

Lamentável, mas uma possibilidade real, com a queda de Guedes então… https://refazenda2010.blogspot.com/

Alexandre Neres

16/08/2020 - 21h03

Antes de tudo, cabe ressaltar que Rosana Pinheiro-Machado é intelectual séria, merecedora de todo o respeito, que percebeu o ovo da serpente do neofascismo.

Por sua vez, o que é insuportável é o recorte do Cafezinho, obsessivo com o PT. Sai à cata de notícias que são contrárias ao PT ou que se enquadram na narrativa que ele quer construir. O Sr. Miguel do Rosário parece querer copiar a estratégia do juiz ladrão. Antes de o processo começar contra Lula, o juiz ladrão já sabia aonde queria chegar. Todos os fatos que se encaixavam na tese que estava construindo eram considerados, enquanto todos que iam de encontro à tese eram descartados.

O Sr. Miguel do Rosário é conservador. Defende que se faça omelete sem quebrar ovos. Que as greves não devem incomodar o cidadão nem atrapalhar o trânsito. Que o povo é ordeiro e gosta de meritocracia. Que a questão antirracista é de somenos importância em nosso país, apesar de todas as evidências em contrário. Que discutir as pautas identitárias favorece Bolsonaro em detrimento do campo progressista. Vezenquando o Pedro Breier tenta trazer por aqui o assunto à baila, mas o cenário é complicado. Miguel é careta. Deve estar orando para que a menina não aborte. Esse blogue não fez nenhuma matéria acerca das mentiras do Zema e do abuso da PM/MG ao destruir as casas de assentados do MST no Quilombo Campo Grande. Será que o deputado Mario Heringer (PDT-MG) esteve lá?

O Sr. Miguel do Rosário faz o jogo da direita. O tempo inteiro incita a briga fratricida no campo progressista, favorecendo o mito, não sei se consciente ou inconscientemente, mas já passou da hora de sair do armário. Quando os neofascistas digladiam entre si, acabam gerando mais grupos e se fortalecendo, ao passo que, quando a resistência faz o mesmo, enfraquece a capacidade de oposição, já que divide a própria energia.

Por fim, termino com a análise sempre lúcida do Ricardo Cappelli: “Não existe oposição. Os “ex-70%” são uma fragmentação fictícia. Ninguém se entende para nada. Não é possível marcar um CAFEZINHO entre os principais líderes dos partidos de esquerda – para nem falar da oposição liberal, que anda mal das pernas. Está interessante a disputa fratricida pela hegemonia da derrota. Haraquiri é pouco. Talvez, depois do desastre eleitoral iminente nas eleições municipais, a esquerda se dê conta de que o povo lhe fez uma bela ‘lipoaspiração’.”

    Tadeu

    17/08/2020 - 13h04

    Não sou advogado de ninguém, mas me diga uma coisa: em vez de ficar dando birra porque este ou aquele blog não fazem linha apologista do PT – passando pano para as falcatruas do partido e para o fato de que Lula realmente comandou uma quadrilha larápia do estado, mesmo que de uma estrutura legada por governos anteriores -, por que você não cria o seu próprio blog, onde poderá falar o que quiser, da forma que quiser? A arrogância e o autorismo de petista só não são maiores do que a burrice em continuar usando esses expedientes. Ganhava-se no grito em 1979, amigo. O mundo mudou, acordem.

jose carlos rodrigues arana

16/08/2020 - 18h07

Leia, como sempre, o comentário do mestre Jânio de Freitas, hoje na Folha, e corre que dá tempo de apagar esta bobagem “professora”.

    jose carlos rodrigues arana

    16/08/2020 - 18h08

    Só corrigindo: o belo texto. Muito bom.

Francisco*

16/08/2020 - 15h22

Já, segundo Flávio Dino, não antropólogo na Inglaterra, mas governador no Maranhão, pelo PC do B, Moro deve ser declarado suspeito e Lula merece ter o apoio de toda a esquerda, pois, “ir além do lulismo não é sem o lulismo, mas com o lulismo”.

Ao ressaltar ‘a fundamental importância de anularem-se as sentenças que visaram impedir Lula ser candidato em 2018, cassando-lhe os direitos políticos’, através da operação lavajateira, então comandada por seu ‘intocável’ chefão, Sérgio Moro, premiado com o cargo de ministro da justiça no governo que ajudou a eleger.

Iolanda p. ewerton

16/08/2020 - 15h07

Nenhuma matéria sobre a PF ter desmentido a denúncia de Palocci contra Lula. Este blog é uma empulhação da direita. Divide, esconde e mente.


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