O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, concedeu entrevista ao jornalista Guilherme Amado, da revista Época, na qual teceu diversos comentários sobre as estratégias da oposição, para agora e para 2022.
FHC disse ser favorável a uma “ampla união”, explicando que uma vitória contra o presidente Jair Bolsonaro apenas será possível se o candidato conseguir agregar pessoas.
No Twitter do Cafezinho, separamos os trechos mencionados nesse post.
“Quem for contrário ao presidente atual, senão conseguir agregar pessoas, não vai vencer”, disse FHC.
FHC criticou o também ex-presidente Lula por um comentário acerca de da possível candidatura petista para 2022.
“Acho que Lula está tentando disfarçar sua vontade de se candidatar em 2022”, disse FHC, acrescentando que, para ele, o tempo do presidente já passou. “Nós já éramos”, afirmou FHC, referindo-se a si mesmo e a Lula.
Ele se mostrou cético quanto a possibilidade do PT ganhar as eleições em 2022: “a força do PT era São Paulo. Depois foi o Nordeste, E agora o Bolsonaro está avançando sobre as bases do PT nessa região”.
Perguntado quais os candidatos que ele considera mais preparados para 2022, ele mencionou João Doria, por ser governador de São Paulo, e disse que gosta muito do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
FHC também mencionou a possível candidatura de Luciano Huck, de quem se disse “amigo pessoal e amigo da família”. Perguntado se Luciano Huck queria ser candidato, FHC disse categoricamente que “sim”.
O ex-presidente menciona também a candidatura de Ciro Gomes, mas admitiu que não sentia, neste caso, “tanta disposição a apoiá-lo”, por considerá-lo “inconstante”. Mesmo assim, elogiou o pedetista, dizendo que ele “fala bem”, e que qualquer candidato, para ser bem sucedido nas eleições presidenciais, precisa se expressar bem.
O repórter pergunta se ele achava que Bolsonaro falava bem. FHC responde: “sim, senão não teria ganhado as eleições”.
Assista a íntegra da entrevista abaixo: