O presidente Nacional do PSB, Carlos Siqueira, negou que o partido esteja querendo se aproximar do presidente Jair Bolsonaro para vencer a disputa pela Prefeitura de São Paulo através de Márcio França.
“Conheço tão bem Márcio França que não vislumbro ele fazendo campanha com Bolsonaro, sinceramente. Ele vai fazer a campanha dele. Com Bolsonaro, não”
Em entrevista a Folha, Siqueira disse que antes de se encontrar com Bolsonaro em São Vicente (SP), França entrou em contato tanto com o mandatário socialista quanto com o presidente Nacional do PDT, Carlos Lupi, para explicar a situação.
“Na verdade, não existe relação política. O que aconteceu foi um ato político [evento em São Vicente, litoral de São Paulo]. Ele teve o cuidado de me telefonar, de telefonar para o [Carlos] Lupi [presidente do PDT, partido aliado], explicando o que ocorreria. Que o Paulo Skaf [presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo] tinha chamado, e ele estava envolvido porque a mulher dele é de origem libanesa, a Lucia.”
Em outro momento da conversa, Siqueira foi questionado se o PSB estaria esquecendo de “nacionalizar” a disputa em São Paulo, estratégia defendida por outros partidos de centro-esquerda como o PT e o PSOL.
“Não sei se ele [França] está esquecendo. Vamos esperar a campanha e saber como ele vai se comportar. Porque até agora não vi ningém atacando o Bolsonaro em função das eleições. Acho que ele deve apresentar um programa para enfrentar os problemas de São Paulo. Quem faz oposição nacional a Bolsonaro somos nós, no Parlamento, a nossa bancada, de maneira bastante veemente, e ela não recuará um milímetro.”
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