Um setor da polícia de Buenos Aires, na Argentina, responsável pela província, está em greve.
Jornais locais afirmam que a categoria exige aumentos salariais.
Porém, mesmo com a demanda atendida, a paralisação não foi encerrada até o momento e os protestos vêm crescendo.
Na segunda-feira (07), policiais aglomerados cercaram a casa do governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, onde ele estava com familiares.
Por toda a madrugada, os policiais permaneceram nos arredores da casa de Kicillof com as sirenes e giroflex ligados.
Como ocorreu em alguns estados do Brasil no início deste ano, os policiais amotinados fazem manifestações utilizando fardas e armas que utilizam no exercício da profissão.
Vaiado, o próprio chefe da polícia de Buenos Aires, Daniel García, fracassou ao tentar abrir diálogo com os policiais.
Desde então, a situação se agravou.
O presidente Alberto Fernández se reuniu com Axel Kicillof nesta quarta (09) para tratar da situação e procurar resolvê-la.
O chefe de Estado estaria avaliando gravar uma mensagem e transmití-la ainda nesta quarta-feira, convocando solidariedade ao governador e estabelecendo uma postura oficial diante do problema.
Ainda no mesmo dia, Fernández falou publicamente sobre o conflito pela primeira vez.
O presidente argentino disse que “os problemas não se resolvem às escondidas ou em viaturas tocando sirenes”.
Pouco antes do evento em que deu a declaração, ele tentou abrir um canal de negociação direta com os policiais amotinados. A tentativa fracassou.
Na madrugada, Darío Ruiz, viceministro da Segurança de Buenos Aires, também se reuniu com os líderes dos protestos. Pessoas presentes afirmaram que a reunião não foi boa.
A preocupação do Governo Federal aumentou devido aos protestos chegarem, no meio dia desta quarta, ao Quinta de Olivos, a residência oficial do presidente da República.
Abaixo, você pode assistir a fala do presidente argentino, em espanhol.