Eleição em João Pessoa gera atritos entre PT e PSB

O presidente Nacional do PSB, Carlos Siqueira, pediu para que a presidente Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, retirasse o apoio a candidatura do ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), a Prefeitura de João Pessoa. 

A decisão dos petistas de apoiar o socialista foi feita após uma intervenção da própria executiva Nacional do PT de retirar a candidatura de Anísio Maia para apoiar Coutinho. O movimento brusco causou atrito entre os dois partidos.

Em entrevista ao Valor, Siqueira afirma que não solicitou o apoio dos petistas na capital paraibana.

“Não pedimos o apoio do PT. Se o PT deu com a intenção de uma aliança em 2022, que retire esse apoio e respeite a decisão do diretório municipal petista”

O mandatário socialista também criticou a postura do PT e classificou a decisão como uma “violência” ao próprio partido.

“É uma violência do PT tirar a candidatura para apoiar Coutinho com vistas a 2022. Se for assim, que o PT retire esse apoio”

Ao final, Siqueira não poupou críticas a atitude da presidente Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que classificou como “impertinente” e deixou claro o rompimento entre os dois partidos.

“É impertinente. O PT já rompeu com o PSB nestas eleições, ao impor candidaturas. Rompeu desde que Lula saiu da cadeia e disse que o PT teria candidaturas em todas as capitais. O PT não quer o apoio de ninguém e não quer apoiar ninguém.Não nos interessa esse apoio. Que retire”

Em nota, Gleisi afirma que a decisão foi uma tentativa de retomar uma suposta “unidade programática”.

“A aliança para a disputa eleitoral de 2020 retoma a unidade programática no campo das esquerdas e a disposição de reconstruirmos a democracia brasileira, sob ataque do governo Bolsonaro, num compromisso que tem como referência os interesses populares”

Já a cúpula do PT de João Pessoa também demonstrou insatisfação e decidiu manter a candidatura de Anísio Maia, ignorando a decisão de Gleisi.

“Não aceitamos um candidato que foi imposto, um candidato dele mesmo, através de uma candidatura que foi feita nas sombras. Nós aceitaríamos se juntassem os três diretórios para trocar ideias e propostas, mas dessa forma não nos submeteremos”, disse Maia através de nota.




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