O ex-senador e candidato a vereador no Rio, Lindbergh Farias (PT), sugeriu que Jilmar Tatto (PT) e Renata Souza (PSOL) desistam de suas candidaturas em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Segundo Farias, PT e PSOL deveriam “sentar na mesa para tentar uma atuação mais forte nesse processo eleitoral”. O objetivo seria uma contrapartida entre o PT apoiar Guilherme Boulos (PSOL) na capital paulista e o PSOL apoiar Benedita da Silva (PT) no Rio de Janeiro.
A ideia de Lindbherg foi mal recebida pelo vice-presidente Nacional do PT, Washington Quaquá.
“Ruim. Recebemos mal. O PT tem tradição em São Paulo, tem força, o Tatto vai subir. Boulos é o candidato Laranjeiras, se lá tivesse. Tatto é mais popular. Um dirigente não pode dar declaração que enfraquece candidato nosso. E aqui no Rio estamos crescendo. É desrespeitoso com o Tatto e com a Renata. Eleição de segundo turno é democrático tentar disputar”, disse ao O Globo.
Já Wadih Damous saiu em defesa do posicionamento de Lindhberg.
No caso do Rio, o vereador Tarcísio Mota (PSOL) afirmou que o partido trabalha com a hipótese de conseguir os votos de Ciro Gomes (PDT) para Renata Souza. Em 2018, o pedetista tirou o primeiro lugar para presidente da República.
“Martha não adotou, até agora, um discurso de esquerda. Entendemos que é necessário formar uma candidatura marcadamente de oposição ao governo Bolsonaro, e de enfrentamento ao fascismo. Esperávamos que a Benedita fizesse isso, mas até o momento ela também não está fazendo. Renata buscará esse eleitor de esquerda, que será decisivo para chegar ao segundo turno”
Na última pesquisa Datafolha em São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) apareceu com 12% e Jilmar Tatto (PT) com 1% das intenções de voto.
No Rio, a candidata Martha Rocha (PDT) está melhor posicionada na pesquisa Datafolha com 10%, Benedita da Silva (PT) com 8% e Renata Souza (PSOL) com 3%.