Haddad: “PT ficou no tamanho de 2016, com uma leve vantagem”

Neste domingo, 6, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), concedeu entrevista a Folha e minimizou o resultado negativo obtido pelo partido nas eleições municipais de 2020. De acordo com ele, a avaliação de que o petismo e o bolsonarismo foram derrotados é um equívoco.

“A minha avaliação é outra. Bolsonaro administrou mal seu próprio cacife político, e isso passa a impressão de que ele foi o grande derrotado. Mas, se considerarmos que o bolsonarismo é uma recidiva do período autoritário com requintes de obscurantismo, vamos verificar que os partidos que, de alguma forma, descendem da matriz autoritária foram os que mais cresceram. O PT ficou no tamanho de 2016, com uma leve vantagem. PSDB, MDB e PSB foram os partidos que mais perderam espaço”

Apesar do PT não governar nenhuma capital a partir de 2021, Haddad diz que não foi um erro ter lançado candidaturas próprias como a de Jilmar Tatto em São Paulo.

“Achava difícil o PT, que governou a cidade em três mandatos, não lançar um candidato. Sempre vai haver essa discussão. Recife, São Paulo e Rio vão ser discutidos futuramente sobre a condução da direção do partido”

Por fim, o petista que foi derrotado por Jair Bolsonaro em 2018 colocou o vice-presidente Nacional do PDT, Ciro Gomes, no campo da centro-direita.

“Temos Huck, Ciro e Doria. Tem que perguntar para eles se votariam no Bolsonaro. Acho engraçado que o jornalismo não pergunte isso para aqueles que votaram no Bolsonaro em 2018. Se eles nos acusariam de extremista para justificar o voto no verdadeiro extremista ou não. Conheço tucanos que não repetiriam o voto no Bolsonaro e tucanos que repetiriam. Isso é relevante para mostrar quem é de fato extremista”

Cláudia Beatriz:
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