Na CPI do genocídio, Randolfe quer convocar todos os ex-ministros da Saúde do governo Bolsonaro

Indicado para ser o vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do genocídio que vai apurar a responsabilidade e a omissão do Governo Bolsonaro na pandemia, o senador e líder da oposição, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), quer convocar todos os ex-ministros da Saúde do governo Bolsonaro.

Desde o início da pandemia, já ocuparam a pasta o médico e ex-deputado federal, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), o doutor Nelson Teich e o general da ativa, Eduardo Pazuello, esse último já denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por improbidade administrativa no colapso de oxigênio em Manaus no início deste ano.

“Temos que começar ouvindo a ciência. Após isso, considero que é inevitável nós ouvirmos os três ex-ministros da Saúde do atual governo, o ministro Mandetta, o ministro Teich e o ministro Pazuello. É inevitável porque eles foram gestores da política de saúde do governo no enfrentamento da pandemia”, disse Randolfe ao O Globo.

Um dos pontos que Randolfe quer explorar na CPI antes de ouvir os ex-ministros é a ineficácia da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19. Para isso, o congressista deve ouvir especialistas na área da Saúde.

Nos últimos meses, Jair Bolsonaro tem defendido o uso do medicamento sem comprovação científica como “tratamento precoce” do novo coronavírus, o seu governo chegou a distribuir o “kit Covid” com medicações consideradas ineficazes e prejudiciais a saúde pública.

Na última quarta, 14, Bolsonaro foi motivo de chacota no Parlamento francês, quando o primeiro-ministro daquele país, Jean Castex, disse que o presidente brasileiro defende o uso da hidroxicloroquina.

Já na quinta, 15, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), tentou passar a ideia em entrevista a CNN Brasil que Jair Bolsonaro não tem responsabilidade pelo cenário caótico no Brasil e foi desmentido pelo jornalista Rafael Colombo.

Redação:
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