O ex-presidente Lula (PT) concedeu entrevista a Rádio Bandeirantes nesta terça-feira, 13, e falou que não terá problema de falar sobre corrupção nas eleições de 2022, caso seja candidato a presidência da República, e citou os processos que sofreu na Operação Lava Jato.
“É por isso que tive a coragem de enfrentar o Moro e provar que ele era mentiroso. É por isso que tive coragem de enfrentar a força-tarefa, que tinha um conluio com grande parte da imprensa brasileira e eu sei que muita gente que tirou foto com o Dallagnol hoje tem vergonha”, afirmou.
Mas apesar de tudo isso, o líder petista afirma que continua “brigando pela democracia, pelos direitos humanos e pelo respeito. Você só pode acusar alguém quando tiver prova, quando não tiver fique de boca fechada”.
Lula também avaliou que os militares e os evangélicos, não podem ser chamados de “gado”. Ainda sobre os militares, o ex-presidente ressaltou que devem ir às urnas para eleger o próximo presidente da República e não um chefe para as Forças Armadas.
“Nem os militares querem serem tratados como gado e nem os evangélicos são gados. Tem que ser tratados como cidadãos brasileiros e você tem que ter um discurso para o cidadão brasileiro. Na última pesquisa do Datafolha eu já ganhava do Bolsonaro junto aos evangélicos”.
“Eu trato os evangélicos com respeito que eu trato o católico e eu trato os militares com respeito que trato os civis. Não tem que se dirigir as urnas como tenente, capitão ou coronel, mas como cidadãos brasileiros que vão escolher um governante não para as Forças Armadas, mas para o país e os evangélicos tem que votar em um candidato que vai cuidar do povo pobre do país”, finalizou.
O voto impresso entrou na pauta da entrevista e segundo o ex-presidente, a “única eleição roubada foi a do Bolsonaro”.
Assista a entrevista completa!