Diretor da Vitamedic admite a CPI que empresa financiou propaganda favorável ao tratamento precoce

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Nesta quarta-feira, 11, o diretor da farmacêutica Vitamedic, Jailton Batista, admitiu em depoimento a CPI da Pandemia no Senado que a empresa desembolsou cerca de R$717 mil reais em propaganda favorável ao famigerado tratamento precoce. O manifesto foi publicado pela Associação Médicos do Brasil.

A empresa dirigida por Batista é fabricante da Ivermectina, um dos medicamentos incluídos no chamado “kit Covid” que foi distribuído fortemente pelo Ministério da Saúde em Manaus (AM), cidade que em janeiro deste ano sofreu um colapso no sistema de saúde por falta de oxigênio nos hospitais.

Além da Invermectina, o kit Covid também continha a hidroxicloroquina, ambos os medicamentos são comprovadamente ineficazes contra o vírus. O próprio laboratório Merck, com sede nos EUA, que desenvolve a ivermectina, divulgou um estudo onde afirma que o medicamento não é eficaz no tratamento do coronavírus.

“A gente entendia que uma publicação de cunho médico-científico poderia ser do nosso interesse patrocinar. E foi isso que delineou nossa decisão”, assumiu.

“Esclareço, antes de tudo, que o manifesto não é exclusivo da Vitamedic, da ivermectina”, pontuou.

Indignado com a confissão do diretor da Vitamedic, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), lembrou que as propagandas foram veiculadas mesmo após o colapso em Manaus. “Nem isso sensibilizou o laboratório. Visou lucro mancomunado com médicos. Se isso não é crime, não tem nenhum crime para investigar”.

Assista o depoimento na íntegra!

Cláudia Beatriz:
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