Em plena CPI, empresário bolsonarista defende práticas negacionistas

No seu depoimento a CPI da Pandemia, o empresário bolsonarista Otávio Fakhoury, fez a defesa de práticas negacionistas e atacou as vacinas, o uso de máscaras e fez discurso a favor de medicamentos do chamado “tratamento precoce” contra a Covid-19, método comprovadamente ineficaz contra o vírus.

Segundo ele, sua família e amigos receberam o tratamento precoce e “ninguém” chegou a ser internado. Mas para mascarar seu negacionismo, ele disse que se tratava apenas de uma “opinião”.

Fakhoury também assumiu na comissão que não se vacinou. Ele foi o único dos depoentes negacionistas que defendeu abertamente sua posição contra as vacinas e também que a imunização não tem que ser obrigatória.

“As vacinas têm que ser adquiridas e oferecidas pelo governo, porém ainda hoje se encontram em estágio experimental. A minha posição é que elas não devem ser obrigatórias. Aguardo o término dos testes para decidir se imunizo minha família ou não”.

Após a sua fala, o vice-presidente Randolfe Rodrigues (Rede-AP) esclareceu ao depoente que “quando a liberdade de opinião atinge a saúde pública, não é mais opinião. É crime”.

Já o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que o empresário bolsonarista estava se auto-incriminando, por ignorar o artigo 268 do Código Penal, que prevê infrações de medidas sanitárias para evitar a propagação de doença contagiosa como a Covid-19.

Assista a sessão na íntegra!

Gabriel Barbosa: Jornalista cearense com pós-graduação em Comunicação e Marketing Político. Atualmente, é Diretor do Cafezinho. Teve passagens pelo Grupo de Comunicação 'O Povo', RedeTV! e BandNews FM do Ceará. Instagram: @_gabrielbrb
Related Post

Privacidade e cookies: Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso.