‘Número 2’ da Fazenda diz que população quer “uma taxa de juros menor”

Imagem: Felipe Rau

Em entrevista ao Estadão, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, falou sobre a taxa de juros mais alta do planeta, mantida pelo Banco Central (BC), de 13,75% ao ano. Ainda na entrevista, Galípolo revelou que mantém conversas “quase que diariamente” com o presidente do BC, Roberto Campos Neto.

O secretário também lembrou que a Fazenda e o governo Lula (PT) estão trabalhando arduamente para melhorar o ambiente e “evitar uma crise de crédito no país”.

De acordo com ele, todas os programas econômicos lançados pelo Governo Federal, como o Desenrola, relançamento do Minha Casa, Minha Vida, novo Bolsa Família e a correção na tabela do Imposto de Renda e aumento real do salário mínimo, têm como objetivo melhorar o ambiente econômico do país, combatendo a inflação e consequentemente reduzir a taxa de juros.

“Vamos começar pelo caso do Desenrola. A gente tem uma situação bastante complexa do ponto de pessoa física. Praticamente 40% da população economicamente ativa está negativada do ponto de vista de crédito. São em torno de 70 milhões de pessoas marginalizadas do processo de crédito. É uma situação muito grave e preocupante”, lembrou.

E praticamente metade dessas negativações ocorreram nos últimos 12 meses, o que demonstra que essa deterioração vem ocorrendo de maneira bem acelerada e rápida nos últimos meses – o que demanda uma ação rápida por parte do governo. Por isso que desde o início, tanto o ministro Haddad quanto o presidente Lula têm cobrado que a gente consiga dar uma resposta a partir do Desenrola para produzir algum tipo de alívio para essas famílias e pessoas que estão endividadas”, prosseguiu.

“E as outras medidas também se inserem sob essa mesma lógica. Então, desde a medida que foi tomada com a questão do Imposto de Renda para permitir que as pessoas que recebem até em torno de R$ 2.640 não sejam oneradas e também a questão do salário mínimo estão alinhadas na mesma direção: de tentar produzir alívio para as pessoas que mais precisam”, completou.

Cláudia Beatriz:
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