Mauro Vieira: BRICS tem ‘ambiente confortável’ para negociar fim do conflito na Ucrânia

Antonio Cruz/Agência Brasil

Para chanceler brasileiro, BRICS podem ter papel fundamental nas negociações de paz do conflito na Ucrânia

Sputnik – Em entrevista para o jornal Estadão neste domingo (26), Mauro Vieira afirmou que os BRICS podem criar um “ambiente confortável” para as negociações de paz na Ucrânia.

Ele defendeu a estratégia lançada pelo Brasil na última semana, que pretende criar um grupo de países “não envolvidos” para negociar o fim das hostilidades.

Para ele, China, Índia e África do Sul podem auxiliar nas discussões para o fim do conflito ucraniano. O chanceler lembrou que os países que compõe a aliança não confrontam a Rússia nas votações da Organização das Nações Unidas (ONU).

“É preciso que Estados Unidos e China entrem em sintonia porque, sem China, não há solução”, defende o chanceler Mauro Vieira.

De acordo com a publicação, Vieira ainda “ousa admitir algo que os EUA, Europa e Ucrânia rejeitam peremptoriamente nas negociações”: a possibilidade do Donbass “ser mais russo”, ficando sob “controle da ONU por um tempo predeterminado”.

Nesta quinta-feira (23), o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, disse que Moscou está avaliando a proposta apresentada pelo presidente do Brasil para a resolução do conflito na Ucrânia.

Galuzin frisou que a opinião do Brasil é importante para a Rússia, tendo em vista a parceria entre os dois países tanto no cenário bilateral quanto mundial.

Lula tem defendido a necessidade de se criar um grupo de países que não estão envolvidos no conflito para encontrar “possibilidades de fazer a paz”. Mesmo com pressão do Ocidente para enviar armamentos e munições, Brasília mantém a posição neutra.

Em encontro com o presidente dos EUA, Joe Biden, em Washington, Lula pregou a criação do grupo e defendeu a presença da China nesse espaço.

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