Chanceler afirma que a posição do Brasil no conflito entre Rússia e Ucrânia é “preservar canais de diálogo”

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, participou da audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado (CRE). Na manhã desta quinta-feira (11), ele afirmou que o Brasil não está interessado em tomar lados na guerra.

Mauro Vieira se mostrou contrário à “violação” do território da Ucrânia, mas é contra o “isolamento” russo no cenário internacional. Para ele, a posição de afastamento da Rússia nos foros internacionais “diminui o espaço de diálogo e reduz as chances de uma solução negociada do conflito”.

Durante a audiência na CRE do Senado, o ministro afirmou que o Brasil pode ser coadjuvante na guerra no leste europeu ajudando na busca por soluções. O interesse do país, segundo o chanceler, não é “em tomar lados, mas em preservar canais de diálogo com todos”. Ele entende que esta é a única maneira de favorecer a construção de espaços de negociação e, consequentemente, a paz efetiva sustentável entre os países em conflito.

“Creio que o elemento de novidade tem sido a posição ativa que o presidente Lula passou a exercer, junto a seus múltiplos interlocutores, no sentido de buscar contribuir para uma solução negociada para o conflito e estabelecimento da paz”, afirmou.

Lula e Zelensky

O assessor especial da Presidência do Brasil, o ex-chanceler Celso Amorim, se reuniu com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Kiev, na última quarta-feira (10).

No dia seguinte, quinta-feira (11), o presidente ucraniano comentou nas redes sociais a respeito da conversa com o ex-chanceler. Para Zelensky, o único plano possível para terminar a guerra é o da Ucrânia. Ele enfatizou essa posição ao assessor e disse, também, que espera manter diálogo com o presidente Lula e recepcioná-lo no país.

Lula afirmou que não vai visitar nenhum dos países envolvidos no conflito. Enquanto não houver um cessar-fogo, o presidente do Brasil não vai à Rússia, nem à Ucrânia. Ele defende que um grupo de países se junte ao governo brasileiro para liderar uma negociação para o fim da guerra.

Letícia Souza:
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