De acordo com o levantamento feito pelo PL, partido de Jair Bolsonaro, o ex-presidente já responde a quase 600 processos na Justiça. A defesa do político é feita pela legenda na maioria das ações.
Um integrante da defesa de Bolsonaro ressalta que não é novidade que ex-presidentes lidem com grande quantidade de processos ao deixar o cargo, como aconteceu com FHC, Lula e Dilma. No entanto, os números do último ex-presidente ainda chamam atenção dos aliados.
Há na lista processos sobre ações eleitorais referentes à inelegibilidade de Bolsonaro, falas feitas durante lives, e até multas por não usar capacete durante motociatas ou máscara durante a pandemia de Covid-19.
A análise do PL constata que a fase do ex-presidente com “problemas com a Justiça” vai ser longa. Para o partido, ele se expôs muito durante os anos de mandato com ações e falas desnecessárias.
A defesa de Bolsonaro nas diferentes ações será composta por três grandes escritórios do país. O PL contratou, também, um advogado para cuidar dos casos menores. Ao todo, essas demandas custarão caro.
Antes, isso poderia ser feito por meio da AGU (Advocacia-Geral da União), se ele desejasse, mas o ex-presidente optou por tirar a defesa de casos “sensíveis”.
De acordo com a reportagem da CNN, o plano dos aliados para a agenda política de Bolsonaro permanece, apesar do desgaste jurídico. A cúpula do PL acredita que consegue “lucrar” ainda mais com a vitimização do ex-presidente: mantendo-o como valioso cabo eleitoral, usando como argumento que ele é “alvo de uma campanha de opositores”.