O presidente Lula (PT) comentou, nesta segunda-feira (22), sobre a relação entre o governo e a Petrobras quanto à exploração na bacia da foz do Rio Amazonas, na costa marinha do Amapá. Lula afirmou que o Estado não irá emitir a licença para que a empresa invista na pesquisa, pois o ato poderia gerar problemas ambientais.
Ainda que tenha dado essa declaração, o presidente disse considerar pouco provável que haja qualquer impacto significativo no meio ambiente. Segundo ele, o local de exploração fica a 530 km de distância da foz do Rio Amazonas.
“Se explorar esse petróleo tiver problemas para a Amazônia, certamente não será explorado. Mas eu acho difícil, porque é 530 km de distância da Amazônia. Mas eu só posso saber quando eu chegar lá [no Brasil]”, afirmou.
Lula fez um discurso sobre a problemática, pela primeira vez, durante a cúpula do G7, em Hiroshima, no Japão. O presidente participou como convidado na reunião dos países mais industrializados do mundo.
Recentemente, o Ibama negou o pedido da Petrobras para realizar perfurações de poços de petróleo na região costeira do Amapá, considerada a foz do Rio Amazonas. A estatal estava aguardando essa aprovação para conduzir uma perfuração de teste, que ocorreria aproximadamente a 175 quilômetros da costa. A decisão, no entanto, gerou conflitos entre o governo e os parlamentares da região amazônica.