Apesar da oposição de alguns ministros, o encontro entre o presidente da República e o presidente da Câmara não foi testemunhado por terceiros. A principal descrição do encontro foi dada pelo deputado Arthur Lira (PP-AL) em uma entrevista à GloboNews.
Segundo o Valor, entre tudo o que foi falado, o ponto mais relevante foi o fato de que a composição ministerial não foi discutida.
Quando questionado sobre a mudança na articulação política, Lira afirmou que certos ministérios são de escolha pessoal do presidente da República. Essas pastas incluiriam a Casa Civil, a Fazenda, o Planejamento, a Defesa e as Relações Institucionais. Ele destacou que essa atribuição não se limita apenas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas a todos os presidentes.
Nas entrelinhas, Lira não considera que ministérios como o da Saúde se enquadrem na categoria de “cota pessoal do presidente”.
Após Lira perder parte do orçamento secreto, ele se viu em busca de uma pasta de grande importância. O cofre com R$ 4 milhões, que supostamente seria proveniente do esquema de lavagem de dinheiro relacionado aos kits de robótica descoberto pela operação conjunta da Polícia Federal e Controladoria-Geral da União (CGU), é uma quantia insignificante se comparada ao orçamento de R$ 149 bilhões destinado à Saúde.
Além de ser considerado um bastão histórico do Partido Progressista (PP), o Ministério da Saúde é um destino obrigatório para 50% das emendas individuais, que representam um recurso valioso nas mãos de qualquer liderança que almeje obter influência no Congresso.
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