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Lula indica representantes do governo para partipar da Marcha para Jesus

O presidente criou a lei em 2009, que define o Dia Nacional da Marcha para Jesus, mas nunca compareceu a um evento. Deputada do PT e AGU serão os representantes presentes. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou uma carta ao apóstolo Estevam Hernandes, idealizador da Marcha para Jesus, agradecendo o convite, mas […]

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Foto: Ricardo Stuckert

O presidente criou a lei em 2009, que define o Dia Nacional da Marcha para Jesus, mas nunca compareceu a um evento. Deputada do PT e AGU serão os representantes presentes.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou uma carta ao apóstolo Estevam Hernandes, idealizador da Marcha para Jesus, agradecendo o convite, mas nega participação. A deputada Benedita da Silva (PT) e o advogado-geral da união Jorge Messias irão representar o governo no evento.

O presidente informou ao criador do ato que “infelizmente” não poderá ir neste ano, porém agradece o “honroso convite”.

“Sempre admirei e respeitei a Marcha para Jesus, que considero uma das mais extraordinárias expressões de fé do nosso povo”, diz o texto assinado por Lula e enviado ao apóstolo pelo gabinete presidencial.

Apesar da ausência, o petista confirmou a participação de dois representantes no evento. A deputada Benedita da Silva compõe o quadro evangélico pioneiro no PT e Jorge Messias, o advogado-geral da União, também é um fiel.

Segundo Hernandes, o gesto de Lula foi recebido positivamente. O idealizador é um ex-aliado petista, no entanto, em 2018 e 2022, se alinhou a Jair Bolsonaro (PL) nas disputas eleitorais. 

“Achei muito importante da parte dele esse reconhecimento da Marcha, no sentido de ser um evento cristão de importância mundial”, afirmou Hernandes à Folha de S. Paulo.

Em 2009, Lula sancionou a lei que criou o Dia Nacional da Marcha para Jesus. Porém o petista nunca participou de nenhuma edição, bem como nenhum outro presidente. Bolsonaro foi o primeiro a ir, já no primeiro ano de seu mandato.

No ano passado, o então presidente sofreu uma série de ataques dos segmentos evangélicos, que, inclusive, disseminavam as fake news de que Lula iria persegui-los, caso eleito. Hernandes chegou a dizer que era “impossível fazer as pazes” com o petista.

O apóstolo completou, dizendo que se Lula voltasse ao poder, seria “praticamente obrigatório” construir novas pontes para o diálogo. “Se você realmente tem o resultado nas urnas, e tem um processo democrático, então nós vamos ser presididos por A ou B, não tem como se insurgir, um ‘não aceito A ou B’. Aquele que for eleito é o presidente dos brasileiros”, afirmou.

A relação do presidente com as lideranças evangélicas é considerada instável. Em 2002, quando foi eleito pela primeira vez, ele recebeu o respaldo de vários líderes, que antes não o aceitavam. No entanto, em 2018, a maioria já tinha se virado contra Lula, e, mais tarde, aliando-se a Bolsonaro.

Após a derrota do ex-presidente, em 2022, a cúpula religiosa adotou um discurso cauteloso, segundo a Folha. Alguns retomaram o preceito bíblico de “orar pela autoridade constituída”, enquanto outros continuam atacando Lula, como Silas Malafaia.

A marcha acontece no momento em que o petista busca se alinhar mais com as pautas religiosas. Durante o encontro com os senadores, na noite desta segunda, o vice-líder do Senado, Jorge Kajuru (PSB-GO), afirmou que esse âmbito se tornará um dos focos principais dos aliados governistas, além do agro e dos militares.

A necessidade de conquistar a Câmara é cada vez maior no cenário de crise e derrotas entre o governo e os parlamentares. Junto a isso, as pautas identitárias também são um obstáculo para selar a aproximação de Lula com os líderes evangélicos.

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